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Iriarte Esteves diz lançamento do UMTS deve sofrer novo adiamento
Iriarte Esteves, presidente da TMN, avança que haverá necessidade de novo adiamento do lançamento comercial do UMTS, por seis meses a um ano, não tendo assumido, à semelhança dos restantes operadores, qualquer compromisso financeiro da ONI Way.
«O adiamento do UMTS vai ser um facto constatado», disse Iriarte Esteves, acrescentando que «vai mesmo ser necessário o adiamento de mais seis meses a um ano».
O lançamento comercial do UMTS foi já adiado por duas vezes para o final deste ano, quando estava previsto inicialmente o arranque em 2002.
A Telecomunicações Móveis Nacionais (TMN), operador líder em Portugal, prevê o arranque dos serviços experimentais no presente ano «mas não haverá UMTS em pelo comercial antes de 2004», disse a mesma fonte.
Este responsável sublinhou que um fabricante de terminais lhe terá dito que só vão estar disponíveis terminais de UMTS em 2005.
Com o adiamento do UMTS a TMN defende que haja um ajustamento ao plano de investimentos definido no caderno de encargos aquando da atribuição da licença. «Hoje a estratégia de investimentos do UMTS é completamente diferente», destacou a mesma fonte.
A introdução do UMTS, segundo a mesma fonte, não deverá estar em pleno em Portugal, «antes de meados de 2004».
Em consonância com os restantes dois operadores de telefonia móvel, também a TMN«não assumiu nenhum compromisso» financeiro associado à atribuição do expectro gratuito do quarto operador móvel nacional.
Os três operadores móveis nacionais compraram os activos da ONI Way por 161 milhões de euros, tendo no seguimento dessa compra, o Governo decidido atribuir o expectro desta licença aos três operadores, ressalvando que estariam garantidos todos os compromissos para o desenvolvimento da sociedade de informação assumidos pela ONI Way.
Por considerar contraditórias as informações proferidas pelo Governo, a TMN, «pediu um esclarecimento ao Governo» sobre esta matéria.
A TMN não está disponível para aumentar o investimento total previsto no desenvolvimento da sociedade de informação, mas poderá discutir uma nova abordagem sobre estes investimentos, acrescentou Iriarte Esteves.
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