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Guerra comercial atinge resultados da alemã SAP. Ações afundam
Os resultados do segundo trimestre da tecnológica alemã ficaram abaixo das estimativas dos analistas. Os custos da reestruturação e a guerra comercial entre os EUA e a China impactaram as contas.
A SAP fechou o segundo trimestre com um lucro operacional de 827 milhões de euros, o que traduz uma queda de 21% face ao mesmo período do ano passado.
O resultado é explicado pelos custos da reestruturação que a empresa tem em curso que levará à saída de perto de 4 mil pessoas do grupo alemão de software e gestão de empresas, bem com pela aquisição da Qualtrics por 8 mil milhões de dólares.
Além disso, para a SAP, o segundo trimestre também foi marcado por um declínio nas receitas de licenças dos seus softwares fruto das tensões comerciais ente os EUA e a China que afetaram particularmente os mercados asiáticos onde marca presença.
Apesar destes resultados, a maior fabricante europeia de software reiterou sua orientação o seu "compromisso absoluto" de atingir uma meta estratégica de expandir as margens brutas em 5 pontos percentuais até 2023. E mantém o guidance de crescimento entre 9,5% e 12,5% do lucro operacional ajustados para este ano. Até porque, como sublinha nas contas trimestrais, excluindo os custos de reestruturação e aquisições o lucro operacional cresceu 11% para 1,8 mil milhões de euros. Uma performance, mesmo assim, inferior à esperada pelos analistas que apontavam para um crescimento de 14%, segundo o Financial Times.
As ações da SAP seguem a descer 6,06% para 112,78 euros, tendo já registado uma queda de 9,96% para mínimos de 24 de abril. A cotada alemã está a pesar também na negociaçãod as praças europeias, que estão no vermelho esta quinta-feira.
À Reuters, o presidente executivo do Grupo, Bill McDermott , sublinhou ainda que o crescimento de 4 pontos nas margens brutas do negócio de "cloud" mostra que o desempenho operacional está no caminho certo: "Estamos muito felizes com a direção que está a seguir", disse o responsável.