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Google rejeita pagar direitos de autor aos jornais
A proposta de Bruxelas no campo dos direitos de autor de publicações noticiosas não é bem vista pela gigante tecnológica. Para a Google, “subvenções obrigatórias e restrições onerosas” não são uma boa maneira de resolver o problema.
A Google rejeitou esta quarta-feira, 14 de Agosto, a proposta de Bruxelas que quer colocar as plataformas tecnológicas – como a própria Google ou o Facebook – a pagar aos órgãos de comunicação social pelo uso dos seus conteúdos.
"Como proposto, pode limitar a capacidade da Google de enviar tráfego convertível em dinheiro, de forma gratuita, para os produtores de notícias", considera a gigante norte-americana. E acrescenta: "Pagar para exibir trechos não é uma opção viável para ninguém".
A proposta, apresentada esta quarta-feira, já tinha sido noticiada no final de Agosto. O The Guardian citava um esboço de uma reforma prevista pela Comissão Europeia para reforçar os direitos dos criadores.
Na altura, era descrita como uma tentativa de reequilibrar o jogo quando gigantes como a Google ou o Facebook vêem as receitas de publicidade subir, ao contrário das editoras de publicações noticiosas. Bruxelas receia que esteja em causa "o pluralismo dos media, o debate democrático e a qualidade da informação".
Para a Google, "há outra forma de fazer as coisas". "Inovação e acordos – não subvenções obrigatórias e restrições onerosas – são a chave para um ecossistema de sucesso, diversificado e sustentável no sector dos media na Europa", explica.
À procura de um "equilíbrio" neste sentido, a empresa fundada por Larry Page e Sergey Brin diz-se disposta a continuar a fazer parte das negociações, considerando que a proposta comunitária faz lembrar leis falhadas em Espanha ou Alemanha para resolver este problema.