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Google a caminho de apanhar a Microsoft em receitas
O crescimento das receitas da Google tem sido impulsionado pelos proveitos da publicidade e da “cloud”. A Microsoft está a registar melhorias na margem operacional no segmento de PC’s.
A Google está a caminho de ultrapassar a Microsoft em receitas este ano. Um passo que representa uma mudança no ‘reinado’ do universo das tecnológicas, como conta o Financial Times.
Durante anos e anos, a empresa fundada por Bill Gates liderou o ranking das tecnológicas mais poderosas e com maior peso em termos de facturação. Agora, a liderança em Sillicon Valley parece estar a ser tomada pelas empresas que surgiram na década de 90 à boleia da expansão da internet.
As contas do quarto trimestre apresentadas esta semana pela Google confirmam que a tecnológica está a caminho de ultrapassar os 100 mil milhões de dólares este ano, impulsionada pelas receitas provenientes da publicidade.
No ano fiscal de 2016, a Alphabet, que substituiu a Google em bolsa, registou receitas de 90,3 mil milhões de dólares, um número pouco abaixo dos 93,1 mil milhões de dólares e proveitos alcançados pela Microsoft.
Além disso, a Google tem registado um ritmo de crescimento acelerado. No quarto trimestre as receitas da dona do portal de pesquisa cresceram 22% face ao ano anterior, ao passo que as da Microsoft cresceram 2%.
Uma das áreas onde as duas empresas competem de forma mais agressiva é nos serviços de "cloud", uma área para o qual ambos têm reforçado o investimento.
Aliás, esta semana a Microsoft divulgou que as receitas do Azure (o sue serviço "cloud") duplicaram face ao ano anterior. Já a Alphabet não detalha os proveitos deste serviço. Estão incluídos na rubrica "Google Play, Hardware e outros" cujas receitas, no total, aumentaram 62% para 3,4 mil milhões de dólares no quarto trimestre.
À medida que a Microsoft e a Alphabet ‘correm’ para ultrapassar a meta dos 100 mil milhões de dólares em receitas, a Google poderá ter um ‘empurrão’ dada a popularidade de alguns dos seus produtos como o Youtube, relembra o FT.
Mas, ao contrário da Microsoft, os resultados da Google falharam as estimativas dos analistas. A penalizar estiveram sobretudo os custos relacionados com novo hardware. E apesar de o volume de negócios ter sido superior ao projectado, após a apresentação dos resultados, as acções reagiram em baixa aos lucros abaixo do estimado.
Do lado da Microsoft, cujos resultados superaram as estimativas, a evolução das receitas está dependente da melhoria no mercado de computadores, bem como do crescimento dos serviços "cloud".
Mas segundo Brent Thill, analista da UBS, a empresa pode estar ebm lançada: "O seu maior negócio, a área de computadores, está a registar melhorias na margem operacional", sublinha, acrescentado que o mercado de computadores "está a alcançar alguma estabilidade".