Notícia
Goldman vê margem de quebra de 26% nas ações da Apple
O ano de teste que a Apple tem planeado para os novos serviços de TV vai ter um impacto negativo nas contas, estima o Goldman Sachs.
O banco de investimento norte-americano Goldman Sachs está mais pessimista quanto à evolução da cotação da Apple, tendo cortado o preço-alvo, apontando que o teste aos novos serviços de TV deverá pesar nas contas.
O preço-alvo de 187 dólares que era atribuído pelo Goldman à gigante tecnológica baixou para 165 dólares. O banco justifica com um "impacto negativo substancial" do método contabilístico escolhido pela Apple para suportar o ano de teste da Apple TV+. Desta forma, a margem de quebra das ações face à cotação de fecho de quinta-feira está nos 26%.
"Efetivamente, o método de contabilidade transfere as receitas do segmento hardware para os serviços, embora os clientes não percebam que estarão a pagar a TV+", explica o banco de investimento, numa nota. Um modelo que aparece como "conveniente" para a receita da linha de serviços da Apple mas "inconveniente na mesma medida" para o negócio de hardware e respetivas margens nos próximos trimestres.
Os analistas do Goldman estimam que, apesar de uma provável contribuição de 25% que os serviços de TV virão acrescentar à margem bruta da empresa, as receitas diminuídas no segmento de produto deverão resultar "num impacto negativo no resultado por ação (earnings per share) de 16%", durante o primeiro trimestre fiscal de 2020.
O rating atribuído pelo Goldman à Apple mantém-se no nível neutral. Contactada pela CNBC, a Apple não comentou.
As cotações da Apple abriram a negociação em Wall Street com uma quebra de 1,63% para os 219,45 dólares.