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“Game Over”: Nem a Wii nem Super Mário salvam a Nintendo de novo prejuízo

A mítica fabricante dos jogos Super Mário reviu em baixa a projecção de vendas da consola Wii e, em vez de lucro, passou a prever um prejuízo equivalente a 175,6 milhões de euros para este ano fiscal, naquele que será o terceiro ano seguido no vermelho.

17 de Janeiro de 2014 às 13:06
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Os accionistas da Nintendo acabam de ver de novo o sinal “Game Over” em letras garrafais: o grupo japonês prepara-se para registar mais um ano de prejuízos, o terceiro consecutivo. Para o corrente ano fiscal, que termina no final de Março, a Nintendo esperava alcançar um lucro de 55 mil milhões de ienes (386 milhões de euros), mas acaba de projectar perdas de 25 mil milhões de ienes (175,6 milhões de euros).

 

Para esta inversão nas projecções contribuiu, em grande medida, o corte acentuado nas previsões de vendas da consola Wii U. A Nintendo reduziu em 70% a estimativa de vendas da Wii U, para 2,8 milhões de unidades. E também a portátil 3DS sofreu uma revisão em baixa da projecção de vendas, de 18 para 13,5 milhões de unidades.

 

A centenária empresa japonesa, que nos anos 1980 criou o fenómeno do Super Mário, um jogo de plataformas que ainda hoje vende em novas versões, esperava um melhor desempenho na época do Natal, mas as vendas não correram como a Nintendo esperava. De tal maneira que o seu presidente, Satoru Iwata, admite que é tempo de fazer… “restart”.

O mercado dos videojogos avançou para os 'smartphones' e para os 'tablets'. A Nintendo precisa de se expandir para lá do seu actual modelo de negócio. É um problema estrutural.
 
Mitsushige Akino, gestor de fundos da Ichiyoshi Asset Management

 

“Estamos a pensar numa nova estrutura de negócio”, afirmou numa conferência de imprensa esta sexta-feira, 17 de Janeiro, Satoru Iwata, citado pela agência Bloomberg. “Dada a expansão dos equipamentos inteligentes, estamos naturalmente a estudar como é que eles podem ser usados para aumentar o negócio dos jogos. Não é tão simples como fazer o [Super] Mário avançar para um 'smartphone'”, comentou o presidente da Nintendo.

 

Apesar de a Nintendo avançar para um terceiro ano consecutivo de prejuízos, Satoru Iwata recusa-se a largar o comando. “No curto prazo não haverá grandes mudanças de gestão”, assegurou o presidente da empresa japonesa.

 

À procura de amealhar nova vidas, e lucros para distribuir pelos accionistas, a Nintendo poderá ter de se abrir a outras plataformas que não apenas os equipamentos que a própria empresa fabrica.

 

“O mercado dos videojogos avançou para os “smartphones” e para os “tablets””, notou o gestor de fundos Mitsushige Akino, da Ichiyoshi Asset Management, citado pela Bloomberg. “A Nintendo precisa de se expandir para lá do seu actual modelo de negócio. É um problema estrutural”, acrescentou.

 
Jogos em movimento...
A consultora Gartner prevê que em 2015 os dispositivos móveis representem 19,8% das vendas mundiais de videojogos, face aos 14,1% projectados para 2013.

Segundo as projecções da consultora Gartner, as tradicionais consolas continuarão a ser a principal plataforma de videojogos até 2015, mas os suportes móveis terão um dos maiores crescimentos.

 

Em Outubro a Gartner projectava que as vendas globais de videojogos em 2013 ascendessem a 93,3 mil milhões de dólares (68,5 mil milhões de euros ao câmbio actual), dos quais 47,5% em jogos para consolas, 19,4% em consolas portáteis, 14,1% em telemóveis e 19% em computadores.

 

Em 2015, segundo a mesma consultora, as vendas mundiais de videojogos deverão cifrar-se em 111 mil milhões de dólares (81,5 mil milhões de euros), sendo 49,6% em jogos para consolas, 11,2% em consolas portáteis, 19,8% em telemóveis e 19,4% em computadores.

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