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Fintech Klarna instala centro de desenvolvimento em Portugal e vai criar 500 empregos

A fintech sueca Klarna, conhecida pelas soluções de "buy now pay later" anunciou a instalação de um centro de desenvolvimento em Portugal, que será instalado em Lisboa.

Mariline Alves
04 de Maio de 2022 às 10:55
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A fintech sueca Klarna, que é conhecida pelas soluções de pagamentos parcelados "buy now pay later" (BNPL), vai instalar um centro de desenvolvimento em Portugal. De acordo com o anúncio da empresa, este centro vai ser instalado na capital do país, ainda sem uma localização concreta definida. 


Este novo centro de desenvolvimento de produto em Portugal pretende alavancar a expansão da companhia a nível global. A empresa quer contratar recursos humanos, prevendo que o "hub" vai criar 500 empregos ao longo dos próximos anos.

O investimento associado à criação deste "hub" não foi divulgado, mas o CTO da empresa, Yaron Shaer, garante que se trata de um "investimento considerável", tendo em conta os objetivos de contratação.

Assim, o "hub" de Lisboa vai juntar-se aos restantes centros da fintech sueca, distribuídos por Estocolmo, Berlim, Giessen, Milão, Mannheim ou ainda Madrid, anunciado no ano passado.

Yaron Shaer, CTO da Klarna, refere que este centro pretende "reunir talentos locais e globais em várias profissões, incluindo engenharia". A companhia detalha que, nos próximos meses, vai incidir os esforços de contratação em funções ligadas ao desenvolvimento de produto, como engenheiros, gestores de produtos e analistas.

Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, esteve presente neste anúncio feito pela companhia esta quarta-feira. "Não houve nada aqui que tenha sido disponibilizado" para atrair a fintech sueca, explicou Moedas nesta apresentação, questionado sobre se houve algum incentivo para atrair este investimento em Portugal. No entanto, comprometeu-se com apoio à companhia em diversos aspetos.

Moedas defendeu que, a instalação deste centro em Lisboa, poderá "dar oportunidade a muitos [engenheiros] que vão para fora de ficarem em Portugal." "A falta de engenheiros tem a ver com a falta no mercado global. Se conseguirmos criar as condições em Lisboa para que fiquem" isso será positivo para Portugal, defendeu o presidente da autarquia lisboeta.

A Klarna entrou no mercado português em novembro do ano passado, com Alexandre Fernandes Ribeiro a liderar a operação em Portugal. A fintech tem parcerias com diversas retalhistas, disponibilizando pagamentos parcelados em compras online, para valores entre 35 e mil euros, sem juros. 

A empresa tem parcerias em vários mercados com gigantes como a H&M, Samsung ou a luso-britânica Farfetch. Na altura da entrada em Portugal, em declarações ao Negócios, o responsável da Klarna para o mercado português garantia que a companhia estava a "trabalhar para nos próximos meses poder integrar mais marcas portuguesas no ecossistema", mas sem revelar objetivos concretos a atingir. "Começamos pequeno e aprendemos rápido. A ideia é que nos próximos meses possamos trazer as marcas globais que já trabalham com a Klarna para o mercado português", prometia em novembro Alexandre Fernandes Ribeiro. 

A Klarna foi criada em 2005 e, de acordo com as contas da Bloomberg, estará a rondar uma avaliação na ordem de 60 mil milhões de dólares, o equivalente a 57 mil milhões de euros.

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