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Europa perde “olhar” nos céus sobre alterações climáticas

Satélite Sentinel 1-B, que permite a investigadores acompanhar cheias, derrames petrolíferos ou a deflorestação está “off” desde antes do Natal devido a falha de energia.

Agência Espacial Europeia
16 de Janeiro de 2022 às 12:52
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A Europa está desde as vésperas de Natal sem o seu "olhar" nos céus sobre as alterações climáticas. A Agência Espacial Europeia (ESA) confirma que uma "falha de energia" afetou o satélite Sentinel 1-B, do programa Copernicus.

"Temos tido algumas, ultimamente, anomalias com o Sentinel 1-B Copernicus. Estão a ser feitas investigações para identificar o que se trata e resolver a causa [do problema]. O problema está relacionado com uma unidade do subsistema de potência", explicou Josef Aschbacher, diretor-geral da ESA na sua conta no Twitter.

"Apesar do problema, o satélite está sob controlo, o sistema de controlo térmico funciona corretamente e as manobras regulares de controlo de órbita realizam-se de forma rotineira", acrescentou o responsável.

O satélite que permite aos investigadores, por exemplo, acompanhar cheias, derrames petrolíferos ou a desflorestação.

A 23 de dezembro, a sala de controlo da ESA em Darmstadt, na Alemanha, detetou um defeito no satélite que poderia gerar um "problema potencial sério", de acordo com o site Politico.


O Sentinel-1B foi lançado em 2016 como parte do programa europeu Copernicus, uma rede de satélites de observação que recolhe imagens sobre a superfície da Terra. Trata-se de uma parte central do programa espacial europeu.

O satélite agora afetado opera em parceria com o Sentinel 1-A, lançado algum tempo antes. Ambos permitem rastrear, através de imagem quase em tempo real, mudanças no planeta servindo de base a muitas aplicações.

A tecnologia de radar que os satélites Sentinel usam para obter imagens através da cobertura de nuvens e no escuro (importante para longos invernos polares) não é única. Agências espaciais nacionais, como a japonesa JAXA e a alemã DLR, juntamente com empresas privadas, também têm essa tecnologia instalada. Ainda assim, a diferença essencial face aos satélites  Sentinel é que todas as imagens são disponibilizadas gratuitamente.
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