Notícia
EUA investigam crueldade animal na Neuralink. Funcionários culpam a pressa de Elon Musk
Os colaboradores da Neuralink ouvidos pela Reuters falam de mortes e sofrimento desnecessário dos animais testados pela empresa, tudo por causa da pressa de Musk em obter resultados.
A Neuralink - uma empresa de criação de dispositivos clínicos criada por Elon Musk - está sob fogo cerrado. Segundo a Reuters, as autoridades norte-americanas estão a investigar alegadas violações ao bem-estar animal.
Os funcionários da empresa - que está a trabalhar num implante cerebral para seres humanos - criticam a forma apressada que tem caracterizado os testes clínicos, o que já causou mortes e sofrimento desnecessário em animais, de acordo com documento e fontes próximas da investigação citadas pela agência canadiana.
Alguns colaboradores expressaram desconforto e defenderam que este é um cenário que podia ter sido evitado, segundo a agência de informação.
O implante cerebral a ser desenvolvido pela Neuralink tem como objetivo permitir que pessoas que sofrem de paralisia voltem a andar, e quer também curar outras doenças do foro neurológico. A investigação foi iniciada há alguns meses pelo Departamento de Agricultura dos EUA, a pedido do Ministério Público.
Uma das fontes contactadas pela Reuters detalhou que a investigação se centra em alegadas violações da Lei de Bem-Estar Animal - um diploma que estabelece parâmetros sobre a forma como os investigadores devem tratar os animais, quando estes são alvo de testes.
Ao todo, a empresa matou cerca de 1.500 animais desde 2018, dos quais mais de 280 ovelhas, porcos e macacos, de acordo com registos e fontes a que a Reuters teve acesso.
O número total de mortes de animais não indica necessariamente que a Neuralink está a violar a lei, até porque muitos animais são abatidos depois dos testes para exames "post-mortem".
No entanto, uma série de atuais e antigos funcionário da companhia explicaram à Reuters que este número foi desnecessário, causado apenas pela pressa de Elon Musk.
A agência canadiana dá como um exemplo um email enviado pelo homem mais rico do mundo aos seus colaboradores no início deste ano com uma notícia sobre investigadores suíços que conseguiram fazer um homem a voltar a andar com um implante elétrico.
"Podiamos permitir que as pessoas usassem as mãos e voltassem a andar no dia a dia", podia ler-se no email citado pela Reuters. Dez minutos depois, os funcionários receberam uma nova mensagem menos súbtil: "Não estamos a ser rápidos o suficiente. Isto está a deixar-me louco", rematou.
Os funcionários da empresa - que está a trabalhar num implante cerebral para seres humanos - criticam a forma apressada que tem caracterizado os testes clínicos, o que já causou mortes e sofrimento desnecessário em animais, de acordo com documento e fontes próximas da investigação citadas pela agência canadiana.
O implante cerebral a ser desenvolvido pela Neuralink tem como objetivo permitir que pessoas que sofrem de paralisia voltem a andar, e quer também curar outras doenças do foro neurológico. A investigação foi iniciada há alguns meses pelo Departamento de Agricultura dos EUA, a pedido do Ministério Público.
Uma das fontes contactadas pela Reuters detalhou que a investigação se centra em alegadas violações da Lei de Bem-Estar Animal - um diploma que estabelece parâmetros sobre a forma como os investigadores devem tratar os animais, quando estes são alvo de testes.
Ao todo, a empresa matou cerca de 1.500 animais desde 2018, dos quais mais de 280 ovelhas, porcos e macacos, de acordo com registos e fontes a que a Reuters teve acesso.
O número total de mortes de animais não indica necessariamente que a Neuralink está a violar a lei, até porque muitos animais são abatidos depois dos testes para exames "post-mortem".
No entanto, uma série de atuais e antigos funcionário da companhia explicaram à Reuters que este número foi desnecessário, causado apenas pela pressa de Elon Musk.
A agência canadiana dá como um exemplo um email enviado pelo homem mais rico do mundo aos seus colaboradores no início deste ano com uma notícia sobre investigadores suíços que conseguiram fazer um homem a voltar a andar com um implante elétrico.
"Podiamos permitir que as pessoas usassem as mãos e voltassem a andar no dia a dia", podia ler-se no email citado pela Reuters. Dez minutos depois, os funcionários receberam uma nova mensagem menos súbtil: "Não estamos a ser rápidos o suficiente. Isto está a deixar-me louco", rematou.