Notícia
EUA acusam Google de deter monopólio ilegal nos motores de busca e publicidade
O departamento de Justiça da maior economia do mundo vai avançar com uma acusação sobre a dona da Google, por deter um monopólio ilegal nos motores de busca e publicidade relacionada. Esta poderá ser uma das maiores operações anticoncorrenciais do século nos EUA.
O departamento de Justiça dos Estados Unidos avançou com uma acusação contra a Alphabet, dona da Google, por considerar que o maior motor de busca do mundo detém um monopólio ilegal neste segmento, "esmagando" as pretensões dos rivais, dando início a um dos maiores casos de concorrência na maior economia do mundo. A notícia está a ser avançada por vários órgãos do país, que citam oficiais da justiça norte-americanos.
A Google controla 90% do mercado de motores de busca online nos Estados Unidos, beneficiando com quase todo o bolo da publicidade.
Neste processo, que será entregue no tribunal federal de Washington, o departamento de Justiça acusa a gigante tecnológica de manter o monopólio ilegal nos motores de busca através de vários contratos comerciais exclusivos e outros acordos que impedem outras empresas da concorrência de crescer.
Entre os acordos citados está o pagamento de milhares de milhões de dólares à Apple para colocar o motor de busca da Google como o padrão em todos os aparelhos da marca, incluindo os iPhones. Nos telemóveis com sistema operativo android, a Google será acusada de estabelecer acordos com os fabricantes de modo a darem a preferência do seu próprio motor de busca, em detrimento dos rivais.
Esta investigação surge em linha com as operações levadas a cabo nos últimos anos sobre as práticas anticoncorrenciais das gigantes de tecnologia do país, como a Amazon, o Facebook e a Apple. As críticas não se prendem a um esquadrão político, partindo desde conservadores como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como da senadora liberal Elizabeth Warren.
Apesar de não ser ilegal ter um monopólio num determinado segmento do mercado, à luz da lei norte-americana, poderá ser considerado uma violação à mesma o facto de uma empresa tentar proteger ou aumentar o seu poder no mercado através de acordos com outras entidades.
A acusação, conduzida por 11 procuradores-gerais dos Estados Unidos, não foi ainda tornada pública.
O negócio do motor de busca da Google gera a maior parte da sua receita e foi fundamental para financiar a sua expansão para outros segmentos do mercado, como o serviço de e-mail, de vídeos online, de mapas, de software, entre outros. O seu motor de busca é determinante para muitas empresas online, que dependem dele para se publicitarem.
Só no ano passado a Google arrecadou 34,3 mil milhões de dólares em receita com o motor de busca nos Estados Unidos, de acordo com a eMarketer. Esse valor deverá superar os 42 mil milhões nos próximos anos.
Uma vitória do governo poderia obrigar a Google a refazer todas as suas operações. Na Europa, a empresa liderada por Sundar Pichai enfrenta processos semelhantes, mas numa escala muito mais reduzida.
Esta é a maior acusação alguma fez feita a esta gigante tecnológica, superando a investigação de 2013 da Federal Trade Commission, que obrigou a empresa a alterar as suas políticas na Google AdSense. Durante os últimos anos, a Google pagou várias pesadas multas na União Europeia devido a práticas anticoncorrenciais que, no total, ultrapassam os 8 mil milhões de euros.
Este novo capítulo surge duas semanas depois de vários legisladores nos Estados Unidos legisladores democratas do Comité Judiciário da Câmara dos Representantes ter divulgado um relatório sobre as gigantes de tecnologia que acusam a Google de controlar o monopólio da busca online e dos anúncios que aparecem quando os utilizadores fazem uma pesquisa.
A Google controla 90% do mercado de motores de busca online nos Estados Unidos, beneficiando com quase todo o bolo da publicidade.
Entre os acordos citados está o pagamento de milhares de milhões de dólares à Apple para colocar o motor de busca da Google como o padrão em todos os aparelhos da marca, incluindo os iPhones. Nos telemóveis com sistema operativo android, a Google será acusada de estabelecer acordos com os fabricantes de modo a darem a preferência do seu próprio motor de busca, em detrimento dos rivais.
Esta investigação surge em linha com as operações levadas a cabo nos últimos anos sobre as práticas anticoncorrenciais das gigantes de tecnologia do país, como a Amazon, o Facebook e a Apple. As críticas não se prendem a um esquadrão político, partindo desde conservadores como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como da senadora liberal Elizabeth Warren.
Apesar de não ser ilegal ter um monopólio num determinado segmento do mercado, à luz da lei norte-americana, poderá ser considerado uma violação à mesma o facto de uma empresa tentar proteger ou aumentar o seu poder no mercado através de acordos com outras entidades.
A acusação, conduzida por 11 procuradores-gerais dos Estados Unidos, não foi ainda tornada pública.
O negócio do motor de busca da Google gera a maior parte da sua receita e foi fundamental para financiar a sua expansão para outros segmentos do mercado, como o serviço de e-mail, de vídeos online, de mapas, de software, entre outros. O seu motor de busca é determinante para muitas empresas online, que dependem dele para se publicitarem.
Só no ano passado a Google arrecadou 34,3 mil milhões de dólares em receita com o motor de busca nos Estados Unidos, de acordo com a eMarketer. Esse valor deverá superar os 42 mil milhões nos próximos anos.
Uma vitória do governo poderia obrigar a Google a refazer todas as suas operações. Na Europa, a empresa liderada por Sundar Pichai enfrenta processos semelhantes, mas numa escala muito mais reduzida.
Esta é a maior acusação alguma fez feita a esta gigante tecnológica, superando a investigação de 2013 da Federal Trade Commission, que obrigou a empresa a alterar as suas políticas na Google AdSense. Durante os últimos anos, a Google pagou várias pesadas multas na União Europeia devido a práticas anticoncorrenciais que, no total, ultrapassam os 8 mil milhões de euros.
Este novo capítulo surge duas semanas depois de vários legisladores nos Estados Unidos legisladores democratas do Comité Judiciário da Câmara dos Representantes ter divulgado um relatório sobre as gigantes de tecnologia que acusam a Google de controlar o monopólio da busca online e dos anúncios que aparecem quando os utilizadores fazem uma pesquisa.