A iYogi, empresa com sede na Índia, foi acusada de enganar constantemente os seus clientes e de os pressionar a pagar por produtos que não precisam, escreve esta quinta-feira, 17 de Dezembro, a BBC.

A acusação foi feita pelo procurador-geral do estado norte-americano de Washington, Bob Ferguson, que alegou que a empresa enganava constantemente os seus clientes, fazendo com que comprassem "software" que não necessitam e associando-se falsamente a marcas como a Microsoft, Apple e HP.

Num comunicado enviado à BBC, Vishal Dhar, co-fundador da iYogi, negou as acusações, dizendo que são "falsas" e "sem fundamento". "Embora ainda estejamos à espera de receber a queixa formalmente, tendo por base as notícias queremos afirmar firmemente que as alegações são falsas e sem fundamento", refere o comunicado.

O procurador-geral diz que "centenas, se não milhares" de residentes em Washington foram afectados pelas tácticas "injustas e enganadoras" da iYogi.

A acusação pede uma multa de dois mil dólares (1.840 euros) por cada violação dos direitos do consumidor e de 100 mil dólares (92 mil euros) por cada cliente afectado pelo "spyware" da empresa (programas que recolhem informações sobre os utilizadores).

O director jurídico da Microsoft, Brad Smith, reagiu a esta notícia numa conferência em que participava, aplaudindo os esforços para "a protecção dos consumidores dos esquemas das empresas de apoio técnico que atingiram níveis epidémicos nos últimos anos", escreve a BBC.

A Microsoft estima que 3,3 milhões de norte-americanos perdem um total de 1,5 mil milhões de dólares (1,38 mil milhões de euros) em burlas de empresas de apoio informático.

De acordo com o site da empresa, a iYogi serve mais de três milhões de clientes em 11 países do mundo, não estando presente em Portugal.