Notícia
Economia portuguesa pode crescer 15 mil milhões de euros à boleia da IA
Estudo da Public First, encomendado pela Google, estima que ferramentas de IA generativa podem colocar o país na linha da frente tecnológica. Para tal, refere Bernardo Correia, diretor da Google para Portugal, os empresários têm de ter "audácia".
Além da potencialidade de acelerar o crescimento económico, as ferramentas de IA generativa - ou seja, que utilizam IA para criar novos conteúdos, como texto, imagens, música, áudio e vídeos - podem "poupar, em média, mais de 80 horas por ano a cada trabalhador", o que equivale a duas semanas de trabalho.
"O principal obstáculo que temos em Portugal somos nós próprios (...) o mais importante, no que toca a capitalizar esta oportunidade, parte dos empresários e da sua capacidade de ter audácia para apostar neste tipo de ferramentas para internacionalizar mais depressa e melhor. O que precisamos é de ter audácia de arriscar", afirmou, acrescentando que Portugal já não é o país descapitalizado que era.
Responsável pela Google Portugal há 15 anos, Bernardo Correia dá o comércio eletrónico como exemplo do atraso tecnológico que prevalece no país. "O [atual estado] do comércio eletrónico português é equivalente à média da União Europeia em 2015. Se compararmos com os Estados Unidos, está em 2013 e se compararmos com o Reino Unido, em 2010. Dependendo do grau de comparação, sabemos que temos muito para crescer em Portugal", reforça.
Questionado sobre os riscos que a IA generativa pode trazer, o "country manager" da Google em Portugal afirma que estas ferramentas "têm muito menos riscos".