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É possível viciar-se no Google Glass? Sim, mas há tratamento
Submeteu-se a um programa de tratamento de alcoolismo mas acabou por descobrir que também era viciado no Google Glass.
A dependência do álcool levou John (nome fictício) a aderir a um programa de tratamento da marinha americana, onde trabalhava. Mas, aos 31 anos, acabou por descobrir que havia outro vício bem mais forte: o Google Glass.
A equipa de médicos que acompanhava John no processo de recuperação acabou por notar que o americano levantava mecanicamente a mão direita à altura da têmpora, num regime quase involuntário. Tal como quem activa o Google Glass.
A conclusão foi fácil de tirar: John também estava viciado naquele dispositivo tecnológico em formato de óculos. O estudo agora publicado – e citado pela imprensa internacional - revelou que o homem utilizava o aparelho até 18 horas por dia. Um "uso problemático de Google Glass", consideraram.
Tirava-o para tomar banho e dormir. Mesmo assim, acabou por contar que a sua visão em alguns sonhos se assemelhava à obtida através dos óculos tecnológicos. Sentia-se menos irritado e frustrado com eles.
O cenário levou os médicos a diagnosticar John com "internet addiction disorder" (vício em internet). Apesar de este problema já ter sido discutido em outros formatos (como telemóveis ou computadores), nunca figurou na lista oficial de distúrbios mentais.
Depois de submetido a um programa de 35 dias, John começou a mostrar-se menos irritado. Os seus movimentos compulsivos diminuíram, a memória a curto prazo melhorou. O tratamento tem dado sinais positivos, mas ainda faltam passos importantes na sua definição.