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Dona do Tik Tok adia planos para IPO após alerta de Pequim sobre segurança de dados

A dona do TikTok terá suspendido por tempo indeterminado os planos para um IPO, após os reguladores chineses terem alertado a companhia para a necessidade de resolver as questões ligadas à segurança dos dados.

Reuters
12 de Julho de 2021 às 10:54
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A ByteDance, a empresa que é dona da aplicação TikTok, terá adiado por tempo indeterminado os planos para avançar com um IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês), avança o Wall Street Journal (WSJ). Os planos terão sido metidos na gaveta no início deste ano, escreve o WSJ, após oficiais do governo chinês terem alertado a empresa para a necessidade de resolver questões pendentes na área da segurança dos dados.

Segundo fontes próximas do tema, a startup chinesa estaria de olho num IPO na bolsa dos Estados Unidos ou em Hong Kong. Na última ronda de investimento, em dezembro de 2020, a empresa fundada por Zhang Yiming foi avaliada em 180 mil milhões de dólares (cerca de 151,62 mil milhões de euros).

O jornal indica que o fundador da companhia terá considerado em março ser mais sensato adiar os planos para o IPO, após reuniões com os reguladores chineses ligados à área da segurança e ciberespaço. Nos últimos meses o escrutínio feito pelas entidades chinesas às empresas nacionais ligadas à área da tecnologia tem aumentado significativamente. Além disso, o TikTok esteve também debaixo de fogo em vários mercados devido à segurança dos dados, sendo o caso mais flagrante a tensão com os Estados Unidos, ainda no mandato de Donald Trump.

Outro motivo apontado para este adiar de planos terá sido o facto de, na altura, a empresa não ter um responsável pela área financeira. Em março, Shou Zi Chew foi nomeado CFO da ByteDance, função que mais tarde acabaria por acumular com o cargo de CEO do TikTok.

Ao longo dos últimos meses a ByteDance tem passado por várias mudanças em cargos de liderança, inclusive pela mudança de CEO. Zhang Yiming anunciou que iria abandonar a liderança da tecnológica em maio, indicando que sentia não ter as competência sociais necessárias para liderar a empresa, num momento em que o escrutínio e a atenção dada à atividade da ByteDance cresceu em diversas geografias.

"Estou mais interessado na análise da organização e princípios de mercado e em utilizar estas teorias para reduzir os trabalhos de gestão em vez de estar efetivamente a gerir pessoas", era possível ler no memorando enviado aos empregados, ao qual a Reuters teve acesso. "Ao mesmo tempo, não sou muito sociável, preferindo atividades mais solitárias como estar online, ler, ouvir música ou contemplar outras possibilidades."

Com a saída de cena de Yiming, que passará a assumir o cargo de chairman da ByteDance, Liang Rubo, antigo colega de faculdade de Yiming e responsável pela área de recursos humanos da tecnológica, foi nomeado para o cargo de CEO da ByteDance.
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