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Coreia do Sul vai ser o primeiro país do mundo com 5G

Também na sexta-feira, na Coreia do Sul, será lançado o primeiro telemóvel com capacidade para 5G da fabricante sul-coreana Samsung, o Galaxy S10 5G.

Reuters
03 de Abril de 2019 às 15:31
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A Coreia do Sul começa, na sexta-feira, a disponibilizar a rede móvel de quinta geração (5G) através de três operadoras, tornando-se no primeiro país com esta tecnologia, que pretende estender a todo o território, foi hoje anunciado.

 

Segundo a informação hoje divulgada, o 5G será disponibilizado na Coreia do Sul por três operadoras nacionais: a KT Corporation, a SK Telecom e a LG Uplus.

 

Em comunicado, a KT refere que esta tecnologia, que sucede ao 4G, poderá "conectar simultaneamente um milhão de dispositivos por quilómetro quadrado".

 

A estimativa da companhia é de que, até ao final do ano, "mais de três milhões de sul-coreanos tenham mudado para o 5G", segundo o vice-presidente da KT, Lee Pil-Jae.

 

Por seu lado, a SK Telecom considerou, através do seu vice-presidente executivo, Young Sang Ryu, que "é significativo que as empresas de telecomunicações sul-coreanas estejam a disponibilizar serviços e redes com altos padrões de velocidade e qualidade aos seus clientes nacionais".

 

A expectativa da SK Telecom é ter, no final do ano, mais de um milhão de clientes na rede 5G, que acrescem a um total de 27 milhões de utilizadores dos seus outros serviços de telecomunicações.

 

Para isso, a empresa instalou já 34 mil estações de rede 5G em 85 cidades.

 

A comercialização do 5G na Coreia da Sul era apontada para o segundo semestre deste ano.

 

O país chegou a testar esta tecnologia numa zona limitada dos jogos olímpicos de inverno, em fevereiro do ano passado, na região de PyeongChang.

 

Também na sexta-feira, na Coreia do Sul, será lançado o primeiro telemóvel com capacidade para 5G da fabricante sul-coreana Samsung, o Galaxy S10 5G.

 

Estas iniciativas colocam a Coreia do Sul à frente na corrida tecnológica do 5G, que envolve outros países como os Estados Unidos e a China, que ficam agora atrás nos avanços.

 

Nesta 'corrida' está também a União Europeia (UE), com os Estados-membros a darem passos para que o 5G seja disponibilizado, de forma comercial, em pelo menos uma cidade por país até 2020 e para que haja uma cobertura mais abrangente até 2025.

 

O 5G é a quinta geração de rede móvel e vem suceder ao 1G (criado em 1980), ao 2G (de 1990), ao 3G (de 2000) e ao 4G (de 2010).

 

Nesta nova tecnologia móvel haverá mais velocidade, maior cobertura e mais recursos.

 

Além de ser aplicado às comunicações móveis, o 5G será ainda crucial para áreas do quotidiano, mas também para potenciar outros avanços tecnológicos, nomeadamente nos carros autónomos.

 

Isto porque a potência desta rede de quinta geração vai além da rapidez nos 'uploads' e 'downloads' e assenta, sobretudo, na redução da latência, ou seja, do tempo de resposta de um aparelho a partir do momento em que recebe a ordem até a executar.

 

Quanto menor for a latência, mais rápida é a reação de um aparelho acionado à distância.

 

Isto aplica-se aos eletrodomésticos e a outros aparelhos, incluindo os que estão ligados à internet, que passarão a ser mais eficientes, podendo trazer benefícios nas áreas do entretenimento, agricultura, indústria, saúde, energia e na realidade virtual.

 

O desenvolvimento do 5G tem, porém, vindo a ser marcado por polémicas relacionadas com a fabricante chinesa Huawei.

 

A Huawei é acusada de espionagem industrial e outros 12 crimes pelos Estados Unidos, país que chegou a proibir a compra de produtos da marca em agências governamentais e que tem tentado pressionar outros, como Portugal, a excluírem a empresa no desenvolvimento das redes 5G.

 

Portugal já disse que não o fará e desvalorizou a polémica.

 

A Huawei tem também rejeitado as suspeitas, insistindo que não tem 'portas traseiras' para aceder e controlar qualquer dispositivo sem o conhecimento do utilizador.

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