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CEO do Telegram acusado por permitir atividade ilegal na app. Paga caução de cinco milhões

Pavel Durov está formalmente sob investigação das autoridades francesas. Em causa estão atividades ilícitas que decorreram na aplicação - incluindo divulgação de imagens de natureza sexual de crianças - em relação às quais Durov nada terá feito.

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As autoridades francesas avançaram com acusações contra o CEO do Telegram, Pavel Durov, por alegadamente permitir atividades criminosas na aplicação. Durov conseguiu, no entanto, evitar a prisão através do pagamento de uma caução de cinco milhões de euros.

O milionário, que tem cidadania francesa, não pode abandonar o território francês e tem de se apresentar à polícia duas vezes por semana.

Durov foi detido no aeroporto Le Bourget, no norte de Paris, no passado sábado. O CEO do Telegram é acusado, entre outras coisas, de ser cúmplice na divulgação de imagens de natureza sexual de crianças. As autoridades dizem que Durov não agiu perante a presença de conteúdos ilícitos na aplicação que, além destas imagens, também incluem tráfico de droga e fraudes.

O empresário não fez, até agora, comentários sobre estes desenvolvimentos. O seu advogado, David-Olivier Kaminski, disse que o Telegram cumpria todas as regras europeias e usava os mesmos métodos de moderação que as outras redes sociais. Kaminski disse ser "absurdo" sugerir que o seu cliente estivesse envolvido em "atos criminosos que não têm nada a ver com ele, nem direta nem indiretamente".

Fundado em 2013 por Pavel Durov e o irmão Nikolai, um programador e matemático, o Telegram, que figura no top 5 das app mais descarregadas em todo o mundo e se orgulha de ter desempenhado um papel proeminente em movimento pró-democracia, desde à Rússia, ao Irão, passando pelo Myanmar ou Hong Kong, superou este ano a barreira dos 900 milhões de utilizadores ativos em todo o mundo.

Pavel Durov tem sido conhecido como o "Mark Zuckerberg da Rússia", depois de ter cofundado a rede social mais popular do país, VKontakte, na sua terra natal, São Pertersburgo, em 2007. Sete anos mais tarde, deixou a Rússia depois de perder o controlo da empresa, por alegadamente ter recusado atender as exigências de Moscovo de aceder a dados dos utilizadores ucranianos que protestavam contra a administração pró-russa.

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