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CEO da Epic: Metaverso é uma oportunidade de vários biliões de dólares

O CEO da Epic Games, Tim Sweeney, é talvez um dos apoiantes mais entusiásticos do metaverso - depois de Mark Zuckerberg, que renomeou a empresa de Meta Platforms.

Bloomberg
21 de Novembro de 2021 às 15:00
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O fundador da Epic tem razão para estar otimista em relação ao metaverso, já que o jogo Fortnite, desenvolvido pela sua companhia, evoluiu rapidamente de um popular multijogador para um espaço online onde as pessoas socializam e grandes nomes do mundo da música dão concertos.

O jogo compete com outros exemplos de títulos de construção de universos, como o Minecraft da Microsoft ou o Roblox, no objetivo de perseguir uma visão para o metaverso, um ambiente virtual que seria a plataforma usada para interagir com a internet e outras pessoas, ultrapassando os navegadores web e as aplicações mobile.

"Ao longo das próximas décadas, o metaverso tem o potencial para se tornar numa parte de vários biliões de dólares da economia mundial", disse o CEO da Epic numa conferência em Seul. "Os próximos três anos vão ser críticos para todas as companhias que têm aspirações em chegar ao metaverso, como a Epic, Roblox, Microsoft ou o Facebook", explicou. "É um tipo de corrida para chegar aos milhares de milhões de utilizadores, onde quem conseguir chegar aos mil milhões de utilizadores primeiros será o presumível líder em definir os critérios."

Para Sweeney, a batalha legal e retórica com gigantes como a Apple ou a Google da Alphabet relativamente às lojas de aplicações e pagamentos tem, em parte, motivado as aspirações da empresa para o metaverso e a vontade de garantir que existe um panorama justo para estas companhias competirem na criação deste universo. "O metaverso é um termo como a internet. Nenhuma companhia pode ser dona", avisou o líder da Epic.

A estratrégia da Epic para o metaverso tem duas componentes: a primeira passa por expandir o Fortnite de um jogo com 60 milhões de jogadores ativos mensais para uma experiência que possa atingir mil milhões de jogadores no futuro, explicou o CEO da Epic. A complementar esta estratégia, a empresa quer capitalizar as ferramentas de criação de conteúdo, como o Unreal Engine para gráficos 3D, "permitindo que todas as companhias da indústria possam ter uma presença em tempo real". Nessa frente, a Epic enfrentará uma concorrência dura por parte da Nvidia, cujo CEO tem uma posição igualmente otimista para com o metaverso.

Mesmo que a Epic não crie o metaverso definitivo, Sweeney quer que as ferramentas de software disponibilizem os blocos de construção, usando os fabricantes automóveis como exemplo: podem usar o Unreal para visualizar o design dos seus produtos e processos de fabrico para mais tarde produzir anúncios digitais. O Fortnite acrescentou em julho um Ferrari ao jogo que os jogadores podem conduzir.

A empresa está a trabalhar para "criar um conjunto de ativos digitais que podem ser utilizados pelo cinema e televisão e por jogos em tempo real, desde as consolas topo de gama até aos smartphones de entrada de gama", explicou Sweeney. E, ao mesmo tempo em que não acredita que hardware especializado, como realidade aumentada ou óculos de realidade virtual sejam necessários para aceder ao metaverso, a Epic está a colaborar com designers e fabricantes de dispositivos desse género, disse.

A Epic tem intenções de adotar uma abordagem similar a outra grande oportunidade de crescimento para quem desenvolve jogos: a China. A empresa desistiu estes mês dos seus esforços de vários anos para ver o Fortnite aprovado no país, mas indica que continuará a oferecer as suas ferramentas e software para outros criadores que deles queiram tirar partido.
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