Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem-se tornado uma ferramenta incontornável no setor tecnológico. A aposta na IA tem levado empresas a registarem lucros recorde, espoletando uma autêntica corrida a esta tecnologia. E na frente da recolha de dados, a ByteDance parece levar a dianteira.

Num mercado competitivo como o tecnológico, a dona do TikTok tem acelerado o desenvolvimento dos seus modelos de IA para conseguir concorrer contra empresas como a OpenAI e a Google – e o "bot" que utiliza para treinar estes modelos está a recolher dados na Internet 25 vezes mais rápido do que o da empresa de Sam Altman, de acordo com um estudo da Kasada, citado pela Fortune.

Chama-se Bytespider, foi lançado em abril e tem registado grandes picos de atividade nas últimas semanas. Este "bot", tal como o GPTbot da OpenAI e o ClaudeBot da Anthropic, ignora instruções do robots.txt, um protocolo de exclusão de robôs – sem implicações legais – que diz aos "web scrappers" quais dados podem ou não aceder.

Nos últimos meses, a dona do TikTok tem tentado afirmar-se no mercado chinês. Em agosto, lançou o seu próprio "chatbot" com recurso a IA, apelidado de Doubao, que já se está a afirmar contra o seu rival doméstico, o Ernie Bot da Baidu. "É como se eles [a ByteDance] estivessem a tentar compensar o tempo perdido", afirmou Sam Crowther, CEO da Kasada, à Fortune.

A empresa está ainda a desenvolver dois semicondutores de IA em conjunto com a Taiwan Semicondutor Manufacturing, que pretende começar a produzir em massa em 2026, de acordo com o The Information. Isto vai permitir que a ByteDance fique menos dependente dos "chips" da Nvidia, que estão sujeitos a controlos de exportações por parte do governo dos EUA.