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Apple tem muitos executivos "em carteira" para suceder a Tim Cook
O CEO da Apple, Tim Cook, falou sobre a sua sucessão na reunião anual da empresa, que decorreu no dia 13 de Fevereiro, e disse que "passar o testemunho" correctamente será um de seus papéis mais importantes.
A empresa conta com um grande número de gerentes experientes que poderão substituir Cook quando chegar a hora. A administração da Apple inclui 10 executivos além de Cook e conta com veteranos como o administrador de operações Jeff Williams, o responsável pelos serviços Eddy Cue, o director de marketing de produtos Phil Schiller e o líder de hardware Dan Riccio. Há também nomes relativamente novos na empresa, como o administrador financeiro Luca Maestri e a directora de retalho Angela Ahrendts, que têm experiência de liderança acumulada noutras empresas.
Na reunião em Cupertino, na Califórnia, Cook disse que em todas as reuniões do conselho da Apple nos últimos anos foi discutido o planeamento de sucessão para todos os cargos executivos importantes, mas não especificou nenhum dos possíveis sucessores.
Cook, de 57 anos, ocupa o cargo de CEO desde que sucedeu a Steve Jobs em 2011. Ele conduziu um grande aumento de receitas e lucros, enquanto expandia serviços como o streaming de música e supervisionava o lançamento do Apple Watch, do iPhone X e do HomePod.
Não há motivos para supor que Cook pretenda renunciar em breve. E, considerando que pode faltar muito para a sua partida, é possível que um sucessor ainda nem sequer esteja na equipa executiva. Mas os comentários de Cook marcaram um novo nível de especificidade em relação ao assunto. A Apple não quis fazer outros comentários além das observações do CEO.
Williams, chefe de operações da Apple, seria o sucessor mais provável de Cook se o CEO pedisse a sua demissão num futuro próximo. Assim como Cook, Williams é um maestro de operações, e gere a cadeia de abastecimento global da empresa, que produz os aparelhos iPhone, iPad e Mac, que geram a maior parte das receitas da Apple. Williams também assumiu um perfil mais público nos últimos anos ao gerir o desenvolvimento do Apple Watch e anunciar novos recursos de saúde em entrevistas colectivas.
Ahrendts, que chegou à Apple em 2014 para gerir a divisão de retalho, era CEO da Burberry Group, onde arquitectou a recuperação da fabricante de bens de luxo. Comenta-se que Ahrendts poderia suceder a Cook por causa da sua experiência e da sua capacidade para se ligar a funcionários e clientes.
"A notícia é falsa, tolo, não é verdade", disse Ahrendts ao BuzzFeed News quando, no ano passado, lhe perguntaram sobre a sucessão. Ainda assim, Ahrendts tornou-se instantaneamente uma das mulheres mais poderosas do mundo dos negócios como líder da mais valiosa companhia de capital aberto. A Apple está a tentar aumentar a diversidade, e nomear Ahrendts como CEO abanaria o sector de tecnologia, criticado pela sua cultura dominada pelos homens.
"Considero que é meu papel como CEO preparar o máximo de pessoas possível para ser CEO, e é isso o que estou a fazer, para que o conselho possa tomar uma decisão quando chegar o momento", disse Cook na mesma entrevista que Ahrendts ao BuzzFeed.