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Apoio estatal de 1,3 milhões ao WebSummit será para pagar internet  

Uma parte dos 1,3 milhões de euros anuais que o Estado português vai pagar para organizar a WebSummit entre 2016 e 2018 será para assegurar uma rede de Internet eficiente, revelou o ex-secretário de Estado da Economia.

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05 de Novembro de 2015 às 14:03
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"O valor é uma proposta competitiva que tinha a ver com as infra-estruturas", justificou Leonardo Mathias, que participou no processo de negociação para atrair o evento para Lisboa, considerado um dos maiores relacionados com a tecnologia, e que esta quinta-feira acompanhou o vice primeiro-ministro, Paulo Portas, numa visita à WebSummit em Dublin.

 

O ex-governante referiu as falhas da rede de Internet sem fios, motivo de muitas críticas dos participantes e da própria organização no relacionamento com a gestora do recinto e com as autoridades irlandesas durante a negociação para manter o encontro na capital irlandesa.

 

Segundo a imprensa irlandesa, o Estado irlandês só contribuiu com 700 mil euros ao longo de três anos, mas recusou contribuir financeiramente para melhorar a rede de Internet como pretendiam os organizadores.

 

"Fizemos um grande investimento nas infra-estruturas - parte desse montante é para isso justamente - e para toda a organização do evento. Esse montante é investido, mas é investido em Portugal e em Lisboa", vincou Leonardo Mathias.

 

Turismo de Lisboa, Turismo de Portugal e AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal são as entidades que estão a trabalhar com a organização, que nasceu em Dublin há cinco anos atrás e atraiu apenas 400 participantes na primeira edição.

 

Os organizadores estimam que, em 2016, o evento cresça 33% relativamente a este ano e atraia 40.000 delegados, que incluem empreendedores, investidores e oradores.

 

Este movimento deverá trazer para a economia portuguesa, sobretudo para Lisboa, perto de 200 milhões de euros, uma estimativa feita com base nas projecções feitas pelo Governo irlandês do impacto da WebSummit em Dublin.

 

O ex-secretário de Estado disse à agência Lusa que as autoridades irlandesas calcularam que em 2013, as 20 mil pessoas que participaram na WebSummit contribuíram para Dublin e para a economia irlandesa cerca de 100 milhões de euros.

 

"Pode-se eventualmente alegar que, se tivermos praticamente o dobro, será um rendimento sempre superior a 100 milhões de euros", disse.

 

Porém, acrescentou: "A Web Summit é mais do que isso, é mais do que o turismo, é o encontro de duas partes muito importantes e de dois motores para a nossa economia: o financiador e o inovador", vincou.

 

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