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"Anonymous" reclamam ataque a páginas do Governo angolano

Cerca de duas dezenas de páginas de internet do Governo de Angola ficaram inacessíveis durante esta terça-feira, 29 de Março, tendo o grupo autodenominado 'Anonymous Portugal' reivindicado o ataque.

Reuters
29 de Março de 2016 às 18:09
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Cerca de duas dezenas de páginas de internet do governo central, ministérios, governos provinciais e entidades públicas angolanas ficaram inacessíveis durante esta terça-feira, 29 de Março, constatou a agência Lusa. O grupo autodenominado 'Anonymous Portugal' reivindicou o ataque.

Na mesma nota, colocada na página do grupo nas redes sociais, o alegado ataque informático é relacionado com a condenação de 17 activistas, pelo tribunal de Luanda, na segunda-feira, a penas de dois anos e três meses a oito anos e seis meses de prisão, por actos preparatórios para uma rebelião e associação de malfeitores.

"Os verdadeiros criminosos estão cá fora, defendidos por um sistema capitalista que cada vez mais se propaga na mente das pessoas fracas e carentes de independência intelectual, não te deixes levar", lê-se, numa mensagem que faz ainda alusão às penas de prisão.

Entre as páginas que estiveram inacessíveis durante o dia de terça-feira contavam-se a do governo central (www.governo.gov.ao), da secretaria do conselho de ministros (www.scm.gov.ao) e ministério da Saúde (www.minsa.gov.ao), entre outros.

A mensagem faz referências ainda a "lusofonia" e "Luaty" (Beirão), este último um 'rapper' e engenheiro luso-angolano de 34 anos condenado pelo tribunal de Luanda a cinco anos e seis meses de prisão, pena que já começou a cumprir segunda-feira, juntamente com os restantes 16 activistas.

Internacionalmente, estes activistas têm sido classificados como presos políticos - 15 dos quais já cumpriram prisão preventiva, antes de serem julgados, durante seis meses -, por serem opositores ao regime angolano, conotação sempre negada pelo Governo, que afirma tratar-se de um assunto da esfera judicial.

Organizações internacionais colocaram entretanto em causa a justiça do julgamento a que estiveram submetidos estes activistas no tribunal de Luanda desde 16 de Novembro de 2015 e criticando as penas aplicadas.
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