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Alphabet fatura e lucra mais do que o esperado no trimestre. Mas desilude mercado

A dona da Google superou as previsões dos analistas quer nas receitas quer nos lucros obtidos no último trimestre de 2023. Contudo, receitas com publicidade dececionaram.

Bloomberg
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A Alphabet, casa-mãe da Google, faturou 86,31 mil milhões de dólares no quarto trimestre, uma subida homóloga de 13% e acima dos 85,36 mil milhões esperados pelos analistas ouvidos pela Bloomberg, anunciou esta terça-feira a gigante tecnológica. O lucro por ação cifrou-se em 1,64 dólares, superando os 1,59 dólares esperados pelo mercado. Os lucros trimestrais fixaram-se em 20,69 mil milhões de dólares, mais 56% do que no mesmo período do ano anterior.

Também a faturação da Google Cloud superou o que os analistas anteviam, atingindo os 9,19 mil milhões de dólares quando o mercado apontava para 8,95 mil milhões.

Foi exatamente na unidade de cloud que a empresa mais surpreendeu, com os resultados operacionais a alcançarem 864 milhões de dólares, mais do dobro do que os 427,4 milhões esperados.

Mas o que mais dececionou foram as receitas publicitárias do Google, que se situaram nos 65,52 mil milhões de dólares, abaixo dos 65,8 mil milhões antecipados. Já as receitas de publicidade do YouTube superaram, também por curta margem, as previsões: 9,2 mil milhões de dólares contra 9,16 mil milhões esperados.

No conjunto de 2023, as receitas cresceram 9% para 307,4 mil milhões de dólares. Já os lucros anuais subiram 27% para 73,2 mil milhões.

"Estamos satisfeitos com a robustez do negócio de pesquisa e o contributo crescente do Youtube e da unidade de Cloud. Cada um destes está já a beneficiar dos investimentos em inteligência artificial e inovação", afirmou Sundar Pichai, CEO da tecnológica.

Apesar do otimismo de Pichai, a primeira reação dos investidores foi negativa, com as ações a caírem mais de 4% no "after hours".

A Google está na corrida à IA, tendo anunciado no final de dezembro o lançamento do seu "maior e mais capaz modelo de linguagem", o Gemini. Mas há preocupações de que a empresa esteja a ter dificuldades em capitalizar na mudança que está a ocorrer no mercado.

As ações da Microsoft, principal rival da Alphabet na corrida à IA, também estão a desvalorizar após a divulgação de contas (-0,94%), apesar de os números terem superado as estimativas dos analistas.

Aquela que é atualmente a cotada mais valiosa do mundo registou receitas de 62 mil milhões de dólares no segundo trimestre fiscal, o que representa um aumento de 18% face ao período homólogo.
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