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Alibaba quer cotação principal em Hong Kong

Em causa estão disputas entre os Estados Unidos e a China sobre regulção. Os norte-americanos querem mais transparência e os chineses querem maior controlo.

7.º Alibaba – 480,2 mil milhões de dólares
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A gigante tecnológica chinesa Alibaba quer mudar a cotação principal da bolsa de Wall Street para Hong Kong. A multinacional pode abrir a porta a outras empresas chinesas na exploração de alternativas para negociação bolsista, além do mercado norte-americano.


Em causa estão conflitos entre Pequim e Washington sobre auditorias a empresas chinesas. Os Estados Unidos têm exigido maior transparência, ao passo que a China tem apertado a regulação destas tecnológicas através de maior supervisão de ofertas públicas (IPO). Um destes exemplos é a Didi que foi alvo de uma investigação depois de ter iniciado a cotação na bolsa nova iorquina.


No início de julho a Alibaba foi multada em 2,8 mil milhões de dólares, no rescaldo de uma investigação anti-monopólio pela Administração Estatal de Regulação do Mercado na China (SAMR na sigla em inglês), naquela que foi a maior multa de sempre a uma tecnológica.


Juntamente com esta multa a Alibaba foi também impossibilitada de iniciar a cotação em bolsa, através de uma oferta pública inicial (IPO), da sua afiliada Ant Group, uma empresa de pagamentos e serviços financeiros que detém a maior plataforma de pagamentos do mundo, a Alipay. Estima-se que a rota de separação das duas empresas deva ser continuada, isto depois da retirada de elementos do Ant Group num órgão do Alibaba, que pode nomear a maioria do conselho de administração.


A nova entrada em bolsa, que a Alibaba espera concluir até ao final deste ano, vai também abrir caminho a uma inclusão da gigante de "e-commerce" no Stock Connect, uma aplicação através do qual investidores de Hong Kong e da China continental podem investir de forma mais acessível. O CEO da empresa, Daniel Zhang, adianta que a dupla cotação em bolsa pode promover "uma maior e mais diversificada base de investidores".


Este movimento apenas é possível desde o início do ano, depois de em janeiro o Hong Kong Stock Exchange ter mudado as suas regras para permitir a dupla listagem de empresas chinesas, que operem na área da internet ou em "high-tech". No caso de cotadas com entidades de juros variáveis (VIE na sigla em inglês), a empresa tem de estabelecer uma entidade "offshore" o que vai permitir que as ações da empresa estejam disponíveis para negociação em bolsa.

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