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Start-ups portuguesas levantaram 1,4 milhões de euros em campanhas na Seedrs em 2017

O ano passado foi o melhor ano de sempre da Seedrs, tendo a plataforma de equity crowdfunding gerado investimentos superiores a 140 milhões de euros. No caso de start-ups portuguesas, cinco empresas levantaram 1,4 milhões de euros.

Bruno Simão
08 de Janeiro de 2018 às 15:00
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Durante o ano de 2017, cinco start-ups nacionais lançaram campanhas de financiamento na plataforma luso-britânica de equity crowdfunding Seedrs. E, no total, obtiveram 1,4 milhões de euros em financiamento. Em Agosto, a Seedrs já tinha avançado que três start-ups portuguesas, com campanhas na plataforma, tinham arrecadado 900 mil euros.

"As start-ups portuguesas levantaram 1,4 milhões de euros junto de mais de 1.200 investidores nas campanhas realizadas em 2017. No total, foram cinco as start-ups nacionais que captaram financiamento na Seedrs no ano passado", refere o comunicado enviado às redacções.

Para a própria Seedrs, o ano passado teve um saldo muito positivo, com esta plataforma a ter "o melhor ano desde o seu lançamento". Em 2017, foram gerados investimentos acima de 140 milhões de euros através da Seedrs, o que permitiu o financiamento de 168 campanhas de 17 sectores diferentes "por investidores de 58 países que fizeram mais de 46.700 investimentos nos últimos doze meses".

"Ao longo dos últimos doze meses foram também batidos vários recordes na Seedrs, como foram os casos da app de pagamentos Revolut - que levantou mais de quatro milhões de euros junto de mais de 4.200 investidores, tornando-se na campanha com mais investidores-, da fabricante de motas eléctricas Bolt - que realizou a maior campanha de crowdfunding feita por uma empresa fora do Reino Unido, tanto em montante como em investidores, ao captar 3,2 milhões de euros junto de 2.400 investidores -, ou da app de trading Bux que atingiu o seu objectivo de financiamento em apenas 24 horas", acrescenta o comunicado.

A Revolut está presente em Portugal desde Outubro do ano passado. A Revolut é uma aplicação gratuita que permite aos seus clientes abrir uma conta corrente e movimentar dinheiro em 26 moedas diferentes, com uma taxa de câmbio real. Segundo a informação divulgada pela fintech ao Negócios na altura, a aplicação permite ainda "transferir nacional e internacionalmente de forma gratuita e gastar no estrangeiro sem taxas adicionais". Comissões mais baixas e maior inovação nos serviços bancários: são estes os dois argumentos usados pela Revolut para tentar roubar negócio aos bancos tradicionais.

Em Outubro, a start-up holandesa Bolt, que se define como a "Tesla em duas rodas", e que tem uma scooter eléctrica, com acesso à internet, que deve chegar ao mercado este ano, obteve mais de três milhões de euros de investimento. Na altura, a empresa revelou que tinha o objectivo de entrar em vários mercados, incluindo o português.

"Estou entusiasmado com o crescimento e evolução da empresa nos últimos doze meses. Desde campanhas recorde com mais de 4.000 investidores ao lançamento de novos produtos pioneiros, 2017 foi um ano excelente para a Seedrs", afirma Jeff Kelisky, CEO da Seedrs, em comunicado.

"O sucesso contínuo do nosso portefólio demonstra que os investidores estão cada vez mais à procura desta classe de activos e os resultados de 2017 estabeleceram definitivamente a nossa liderança na indústria", acrescentou.

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