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Pires de Lima: “O sucesso é filho do erro”

O ministro da Economia apontou que, em Portugal, os empreendedores que tentam e falham acabam por carregar um peso elevado, uma questão que tem de sofrer alterações. Para Pires de Lima não há “melhor maneira de uma pessoa crescer, construir, do que errando e aprendendo com os próprios erros”.

Bruno Simão/Negócios
05 de Maio de 2014 às 19:34
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O peso de falhar, em Portugal e na Europa, é uma das questões que pode fazer com que muitos empreendedores temam tentar. Durante a inauguração da “Startup Campus powered by Banif”, uma estrutura localizada em Lisboa com cerca de 3.000m2 para start-ups, o ministro da Economia, António Pires de Lima, defendeu que esta questão cultural, que onera os empreendedores que falham, deve ser alterada.

 

“Há um ónus muito forte estabelecido na generalidade da Europa Ocidental, e também em Portugal, sobre aqueles que tentam e falham. Não descobri ainda melhor maneira de uma pessoa crescer, construir, do que errando e aprendendo com os próprios erros. As boas empresas são aquelas onde o erro é valorizado. O sucesso é filho do erro, nomeadamente, quando aqueles que erram aprendem depressa”, afirmou Pires de Lima durante a cerimónia.

 

O governante considera que ainda é “escassa e rara em Portugal” a cultura que valoriza o erro. Nos EUA, os empreendedores que falham não são desvalorizados e “faz parte do currículo de um bom empreendedor nos EUA ter errado dez vezes até acertar à décima primeira”.

 

“A cultura na Europa é completamente ao contrário disto. Acho que este é verdadeiramente o desafio cultural, isto é, fazer do erro uma parte nobre da nossa vida", sustentou.

 

Nesta óptica, de acordo com o ministro da Economia, Portugal pode ter uma vantagem competitiva relativamente aos países com os quais o País concorre. Entre esses pontos positivos está o facto de Portugal ter errado "em algumas coisas e termos aprendido se calhar alguma coisa com esses erros e, por sermos culturalmente mais adaptáveis", que os nosso concorrentes.

 

Visão partilhada por Graça Fonseca, da Câmara Municipal de Lisboa, que, na sua intervenção, defendeu que Portugal precisa de voltar a aceitar que falhar não é "necessariamente mau".

 

O empreendedorismo, em Portugal tem crescido nos últimos anos. Pires de Lima considera que “o movimento de empreendedorismo em Portugal está já a produzir resultados que são fundamentalmente fruto da efervescência e da necessidade das pessoas que, talvez tenham chegado à conclusão que, é preferível tomarem conta de si do que estar à espera do Estado”.

 

O ministro recordou ainda que “metade dos novos empregos criados em Portugal nos últimos anos foram criados através de empresas que surgiram nos últimos quatro ou cinco anos e este é um movimento fundamental para renovar a nossa economia”.

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