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Musikki: a start-up que trata a música por "tu" já levantou um milhão

Há mais de cinco anos, três jovens juntaram-se para criar um agregador de conteúdos de música. Os destinatários eram os consumidores finais. A indústria musical gostou do que viu e eles ampliaram os seus objectivos.

Paulo Duarte/Negócios
31 de Janeiro de 2016 às 11:00
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Em 2010, a paixão pela música falou mais alto. João Afonso criou um protótipo, chamou dois amigos e fez-se à aventura. Assim nasceu a Musikki, um serviço que disponibiliza informação sobre o mundo da música para os consumidores finais. "Sempre fui um apaixonado por música. Apercebi-me que, com os conteúdos que toda a gente estava a fornecer para a internet ao segundo, havia a hipótese, com recurso a tecnologia, de criar um sistema em que fosse agregado todo esse conteúdo e associá-lo ao artista e ao álbum correcto", conta João Afonso, co-fundador e CEO da Musikki, ao Negócios.

Participaram em concursos ligados ao empreendedorismo, o protótipo, numa versão já melhorada face à inicial, quase que acabou por "ganhar vida própria". Pouco depois, esta plataforma foi comparada ao IMDb (base de dados de cinema) da música "mas com a diferença que funciona em tempo real".

Com o protótipo a ser alvo de melhorias frequentes, estes empreendedores continuaram a participar em competições ligadas ao empreendedorismo e à criatividade e receberam os primeiros montantes de financiamento. Actualmente, a start-up, com presença no Porto e em Londres, já levantou mais de um milhão de euros em investimento. Mas a grande porta abriu-se no seio dos palcos musicais.

"Quando comecei a participar nos eventos da indústria musical a nível mundial começamos a reunir com grandes empresas e eles perguntaram se podiam ter acesso aos nossos conteúdos. Criamos um serviço para esta indústria, no qual conseguimos focar-nos mais nos últimos tempos".

Não abandonaram o seu modelo de negócio voltado para o consumidor final (B2C). A Musikki tem uma plataforma online e uma aplicação para iOS. Mas dada a oportunidade gerada pelo mercado decidiram juntaram um novo segmento - o mundo da música - tendo também um modelo de negócios de empresa para empresa (B2B).

Com esta nova direcção, a Musikki consegue receber "dinheiro pelo serviço que estamos a fazer e tornamos a empresa rentável sem depender apenas de investimento". Além disso, com estes serviços a ideia é que dado que as empresas que são "alimentadas" pela start-up não divulgam a totalidade da informação, redireccionem os seus utilizadores para a plataforma portuguesa.

Actualmente, com uma equipa de uma dezena de pessoas - e com perspectiva de crescer o número de funcionários - os desafios da empresa nacional não se ficam por aqui, estando a Musikki a trabalhar em novos projectos.

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