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A Seedrs e a Portugal Ventures querem partilhar “oportunidades de investimento”. Mas como?

O objectivo da parceria firmada no final do ano passado entre a Seedrs e a Portugal Ventures é partilhar “oportunidades de investimento”. Mas como é que tudo se processa? A Portugal Ventures entrará na campanha como outros investidores?

07 de Janeiro de 2018 às 15:51
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No final do ano passado, foi assinada uma parceria entre a Seedrs e a Portugal Ventures para "impulsionar o investimento" no ecossistema nacional de start-ups. Na altura, foi anunciado que a sociedade pública de capital de risco (fundada em 2012) investe, no máximo, até 1,25 milhões de euros por ronda, em campanhas portuguesas realizadas na Seedrs que pretendam captar um financiamento mínimo de 300 mil euros. 

Com esta parceria, assume fonte oficial da Portugal Ventures (PV), há uma partilha entre a plataforma de equity crowdfunding e a sociedade pública de capital de risco de "oportunidades de investimento com origem em Portugal e que observam a política de investimentos da Portugal Ventures".

Mas como é que tudo funciona? Como é que start-ups se podem candidatar? O processo "é exactamente igual ao de uma campanha ‘regular’ da Seedrs", explica fonte oficial. A empresa submete um formulário de campanha no site da Seedrs. Se for aprovado, é pedido à start-up que faça um vídeo onde deve, nomeadamente, "planear a comunicação da campanha para investidores". Tendo a empresa sido aprovada pela Seedrs, a plataforma de equity crowdfunding pode sinalizar essa empresa à sociedade pública de capital como uma potencial oportunidade de investimento.

"Nesta fase, a Portugal Ventures (enquanto investidor) pode ser convidada pela Seedrs a analisar a oportunidade de investimento na campanha. No caso de haver interesse por parte da PV, a start-up submete o processo de candidatura à PV através do formulário no nosso site", explica a PV.

Para que uma start-up possa vir a ser financiada pela Portugal Ventures tem, também, de pretencer às áreas estratégicas da política de investimento. Ou seja, tem de enquadrar-se na área tecnológica (mais concretamente em: cloud and IT, Entreprise and SaaS, Mobile, Software, Marketplaces, Travel and Leisure Tech), na área de ciências da vida (terapêuticas, MedTech e diagnostico) ou de turismo.

A sociedade pública de capital de risco adianta ainda que, apesar desta parceria, o seu processo de análise de investimento não sofre alterações. Após uma start-up ser identificada como, potencialmente, uma oportunidade de investimento, a empresa tem de preencher o formulário no site da PV. Depois, será sujeita à análise que segue "os processos internos em vigor, podendo ter de ser dada prioridade dentro de cada equipa em função da expectativa de prazos de colocação online da campanha pela Seedrs".

Caso a empresa seja investida pela sociedade de capital de risco, o investimento da Portugal Ventures será directo, sendo assim um investimento à parte do que for obtido na campanha da Seedrs. Caso a sociedade pública seja o investidor líder numa start-up vai apresentar as "minutas standard". Muitas vezes o que acontece quando a Portugal Ventures investe em start-ups é que uma parte do investimento é concedido de imediato e o remanescente é dado consoante o cumprimento dos objectivos traçados. Tal como acontece nos outros casos, a Portugal Ventures poderá participar em rondas de financiamento subsequentes que a empresa realize, mas não é obrigada a tal.

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