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Unidade na equipa

Em alturas de crise, é necessário reforçar ainda mais a coesão da equipa, pois os esforços de todos são essenciais. A unidade do grupo em redor de um projecto dá estabilidade e segurança. Se, por um lado, é fruto da confiança entre os vários elementos, por outro...

04 de Março de 2010 às 11:28
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O espírito de equipa deve ser baseado na confiança entre os seus elementos. Caso contrário, os projectos falham.


Em alturas de crise, é necessário reforçar ainda mais a coesão da equipa, pois os esforços de todos são essenciais. A unidade do grupo em redor de um projecto dá estabilidade e segurança.
A falta de unidade numa equipa gera um clima de desconfiança e de intrigas. Desgasta fortemente os seus membros, desfazendo qualquer tipo de iniciativa ou decisão a tomar.
Se, por um lado, é fruto da confiança entre os vários elementos, por outro, reforça essa mesma confiança, pois sabem que podem contar com os colegas. Cria um adequado equilíbrio emocional que permite potenciar outras capacidades de trabalho.

Pelo contrário, a falta de unidade gera um clima de desconfiança e de intrigas. Desgasta fortemente os seus membros, destruindo e desfazendo qualquer tipo de iniciativa ou decisão a tomar. Dirigir-se para o local de trabalho é um pesadelo, pois é um espaço de incerteza, tantas vezes minado por uma guerrilha verbal ou psicológica permanente. Mas tudo se altera quando a pessoa se sente e se sabe apoiado pelo seu colega, vivendo um espírito de união entre todos. O trabalho passa a ser encarado como algo aliciante pelo qual vale a pena esforçar-se.

Como se consegue criar e manter essa unidade? As tão divulgadas acções de "team-building" são, de facto, um meio. Mas é mais eficaz uma acção directa e constante, realizada através de gestos e atitudes concretas praticadas no dia-a-dia de um modo coerente. É preciso dar tempo, estar e conversar directamente com os outros. Escutar e agir tendo em conta as preocupações reais das pessoas.

Promover e sustentar um bom espírito de equipa entre todos é um desafio. Mas é preciso tentar uma vez e outra. Através dos exemplos destes dois filmes, que retratam personalidades reais e autênticas que souberam unir os outros à sua volta, encontraremos ideias práticas ao alcance de cada um.



INVICTUS "Invictus"





Realizador:
Clint Eastwood
Actores: Morgan Freeman; Matt Damon
Música: Kyle Eastwood
Duração: 133 min.
Ano: 2009



Nelson Madela foi um prisioneiro negro por acção dos brancos. Depois de libertado torna-se Presidente da África do Sul. Não procura a vingança mas a reconciliação das diferentes raças numa só nação. Era uma tarefa difícil. Havia ressentimentos enraizados por décadas de ódio. No entanto, resolve toma medidas concretas a nível pessoal que fossem exemplares e dignas de um líder.

Manda chamar os seus carcereiros para lhes informar que quer que façam parte da sua guarda pessoal juntamente com vários negros. Não há rancores. Depois decide aproveitar o Campeonato Mundial de Râguebi para unir o país. Fala pessoalmente com o capitão de equipa que era branco. Motiva-o. Vai ter várias vezes com ele, procurando pontos em comum. Conversam. Desabafam. Dá-lhe ânimo mais por gestos do que por palavras, chegando a vestir a camisola dele. Não é só usar a camisola do outro. É identificar-se com ele, é demonstrar que está com ele e que se apoia nele e no que o outro significa. É fazê-lo participante de um projecto, comunicando-lhe esse sonho de um modo transparente.

Todas as pessoas querem sentir-se parte de um todo, que contribuem para algo superior a eles próprios, algo que permaneça para além deles mesmos, algo que seja realmente inspirador.




Três lições a retirar

• Tomar a iniciativa de ir ao encontro é já uma procura de unidade.
• A informação partilhada de um modo transparente fomenta a união.
• Um projecto sério e motivador atrai os outros a unirem-se a ele.







O MEU AMIGO ERIC "Looking for Eric"





Realizador:
Ken Loach
Actores: Eric Cantona, Steve Evets
Música: Michael Giacchino
Duração: 116 min.
Ano: 2009


Eric Cantona foi um jogador de futebol do Manchester United. Era um francês num clube inglês. Impulsivo, respondia muitas vezes com citações tão certeiras como os seus pontapés na bola. Um dia não aguentou a pressão e agrediu um espectador que não parava de o insultar. Foi suspenso durante meses sofreu, mas regressou.

Este filme narra a vida de um adepto do Manchester, que atravessa uma crise na sua vida pessoal, reflectindo esse drama na vida profissional. Muitas vezes pensava como agiria Cantona se estivesse na mesma condição. Um dia, como que por magia, o ex-jogador aparece-lhe. Conversam. O futebolista orienta-o nas decisões a tomar: identificar os problemas e enfrentá-los. Ir falar com as pessoas. Criar momentos para estar com os outros sem esperar que surja a oportunidade. Se uma estratégia não resulta, tentam-se novas alternativas.

As situações do dia a dia vividas em conjunto fortalecem a unidade até que um dia teve mesmo de confiar nos outros. Há sempre uma altura decisiva em que se tem de poder contar com os colegas, com os amigos ou com a família. Quando isso se torna realidade, então os resultados são extraordinários.

Cantona considerava a melhor jogada da sua vida um passe para um colega de equipa que marcou o golo e não um dos seus muitos golos pessoais. Tal como para ele, a satisfação pessoal e profissional virá também do que se tiver construído em conjunto.




Três lições a retirar

• Ter alguém em quem confiar é essencial para o equilíbrio emocional.
• Identificar os problemas e comunicá-los aos interessados simplifica a questão.
• A unidade constrói-se e mantém-se com gestos e atitudes repetidas uma e outra vez.




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