Notícia
SAKProject - Contra as lesões, inovar, inovar
As caneleiras dos jogadores da selecção nacional de futebol têm a assinatura de uma empresa de Viseu. A SAKProject diz que são as melhores do mundo: leves, confortáveis e seguras como armaduras. O árabe Al-Ittihad e o britânico Chelsea confirmam.
Quando os jogadores da selecção nacional de futebol estão em campo, Filipe Simões e Rui Pina fazem figas para que marquem golos. E não só. Cada vez que sofrem uma "entrada" do adversário sentem uma responsabilidade "dos diabos".
A protegê-los estão as caneleiras que a SAKProject desenhou, concebeu e vendeu. O número de lesões que estas caneleiras, feitas em materiais compósitos, evitarem será directamente proporcional ao prestígio ganho pela empresa que as produz. E o prestígio da SAKProject, fundada por um professor de EVT e um engenheiro electrotécnico, tem crescido a ponto de as caneleiras usadas pelos jogadores do britânico Chelsea exibirem a marca da empresa viseense.
Para além disto, a SAKProject equipa atletas com caneleiras personalizadas, feitas à medida do que o cliente quer e precisa, em toda a liga nacional. No mercado desde 2008, os dois empreendedores equipam actualmente clubes "um pouco por toda a Europa e até na Arábia Saudita, onde o Al-Ittihad e o Al Sharjah SC jogam com estas caneleiras 'made in Portugal'".
Feitas à medida
E o que é que estas caneleiras feitas à medida têm de diferente das demais? Desde logo, a matéria prima. Trata-se de materiais de última geração, "extremamente leves mas com uma enorme capacidade de dissipação da energia de impactos", explica Filipe Simões.
A segurança é o elemento diferenciador em relação a produtos "standard" - com tamanho único que não se adapta perfeitamente às diferentes pernas. "As caneleiras SAKProject apresentam um conforto e uma segurança inatingíveis com a utilização de equipamento de protecção comum", sublinha Filipe Simões, homem da Engenharia Electrotécnica (ver perfis).
Outra das vantagens apontadas a estas caneleiras é que cada par é produzido debaixo das especificações do seu futuro utilizador. O jogador define a extensão que as caneleiras terão na sua perna e estas "apresentarão um encaixe perfeito, dado que a anatomia da perna é detalhadamente registada por um digitalizador tridimensional que nem precisa sequer de contactar com as pernas do atleta para o conseguir". Como acabamento o atleta pode, ainda, escolher as cores das caneleiras e acrescentar elementos como imagens, conseguindo umas caneleiras totalmente personalizadas.
Nem só de profissionais de futebol e hóquei vive a SAKProject. Os atletas amadores e os jogadores de escalões mais jovens "querem sentir que estão protegidos da melhor forma evitando os dissabores provocados pelas lesões". É que, se na vida de um futebolista ficar parado é indesejável, mas faz parte da profissão, na vida de um amador pode até colocar em risco a sua situação profissional. Daí que os clubes de amigos que jogam ao fim-de-semana sejam clientes.
Custos baixos para resultados elevados
Nesta empresa, todo o modelo de operação - desde o contacto com o cliente até à linha de produção -, foi pensado para, com um relativamente reduzido custo, obter grandes resultados. "Isto permite que o nosso produto seja, apesar da sua mais-valia para os utilizadores, barato, mantendo uma perspectiva de vendas interessante apesar da crise", explica Filipe Simões. Outra forma de gastar menos é apostar na criação de parcerias, conseguindo estar presentes nos mercados onde querem estar, sem que isso imponha uma carga pesada.
Em negociação com potenciais investidores, os empreendedores sublinham que tudo o que conseguiram foi resultado de trabalho e investimento. Nos anos de desenvolvimento, antes da constituição da empresa, foi necessário investir "largas dezenas de milhares de euros" em viagens - à procura dos melhores materiais - e a realizar testes. Todo o investimento foi suportado pelos empreendedores.
O projecto envolveu um "enorme esforço pessoal", sacrificando momentos de lazer . Dedicação que, diz Filipe Simões, "é seguramente compreendida por todos aqueles que se lançam num projecto empreendedor."
O gosto por desafios levou Filipe Simões, 33 anos, doutorando em Engenharia Electrotécnica na Universidade de Coimbra e professor, a desafiar o mercado do futebol com os equipamentos da SAKProject. Seis anos separam-no de Rui Pina, de 39 anos, licenciado em EVT, também professor, e com um passado muito ligado ao mundo das artes, numa vertente de manipulação de materiais. Rui Pina é hoje o responsável pela pesquisa e testes a novos materiais na SAKProject. Foi o seu gosto por projecto e engenharia de produto que esteve na génese de tudo. Quando, por motivos profissionais, recebeu formação em materiais compósitos (carbono, kevlar), deparou-se com uma matéria-prima de elevada resistência ao impacto mas de muito baixo peso cujas potenciais aplicações passou a estudar. Encontrou nas protecções, em particular nas caneleiras personalizadas para jogadores de futebol, uma área com elevado potencial. Inicialmente usou técnicas artesanais mas depressa percebeu que o conceito tinha potencial de internacionalização. E é aí que surge Filipe Simões com o qual desenvolve um novo modelo de operação que faz uso intensivo da tecnologia - desde a recolha do modelo tridimensional das pernas dos jogadores, até à linha de produção com máquinas controladas por computador. A SAKProject nasceu desta fusão de conhecimentos e depois de muito testes.
A protegê-los estão as caneleiras que a SAKProject desenhou, concebeu e vendeu. O número de lesões que estas caneleiras, feitas em materiais compósitos, evitarem será directamente proporcional ao prestígio ganho pela empresa que as produz. E o prestígio da SAKProject, fundada por um professor de EVT e um engenheiro electrotécnico, tem crescido a ponto de as caneleiras usadas pelos jogadores do britânico Chelsea exibirem a marca da empresa viseense.
Feitas à medida
E o que é que estas caneleiras feitas à medida têm de diferente das demais? Desde logo, a matéria prima. Trata-se de materiais de última geração, "extremamente leves mas com uma enorme capacidade de dissipação da energia de impactos", explica Filipe Simões.
A segurança é o elemento diferenciador em relação a produtos "standard" - com tamanho único que não se adapta perfeitamente às diferentes pernas. "As caneleiras SAKProject apresentam um conforto e uma segurança inatingíveis com a utilização de equipamento de protecção comum", sublinha Filipe Simões, homem da Engenharia Electrotécnica (ver perfis).
Outra das vantagens apontadas a estas caneleiras é que cada par é produzido debaixo das especificações do seu futuro utilizador. O jogador define a extensão que as caneleiras terão na sua perna e estas "apresentarão um encaixe perfeito, dado que a anatomia da perna é detalhadamente registada por um digitalizador tridimensional que nem precisa sequer de contactar com as pernas do atleta para o conseguir". Como acabamento o atleta pode, ainda, escolher as cores das caneleiras e acrescentar elementos como imagens, conseguindo umas caneleiras totalmente personalizadas.
Nem só de profissionais de futebol e hóquei vive a SAKProject. Os atletas amadores e os jogadores de escalões mais jovens "querem sentir que estão protegidos da melhor forma evitando os dissabores provocados pelas lesões". É que, se na vida de um futebolista ficar parado é indesejável, mas faz parte da profissão, na vida de um amador pode até colocar em risco a sua situação profissional. Daí que os clubes de amigos que jogam ao fim-de-semana sejam clientes.
Custos baixos para resultados elevados
Nesta empresa, todo o modelo de operação - desde o contacto com o cliente até à linha de produção -, foi pensado para, com um relativamente reduzido custo, obter grandes resultados. "Isto permite que o nosso produto seja, apesar da sua mais-valia para os utilizadores, barato, mantendo uma perspectiva de vendas interessante apesar da crise", explica Filipe Simões. Outra forma de gastar menos é apostar na criação de parcerias, conseguindo estar presentes nos mercados onde querem estar, sem que isso imponha uma carga pesada.
Em negociação com potenciais investidores, os empreendedores sublinham que tudo o que conseguiram foi resultado de trabalho e investimento. Nos anos de desenvolvimento, antes da constituição da empresa, foi necessário investir "largas dezenas de milhares de euros" em viagens - à procura dos melhores materiais - e a realizar testes. Todo o investimento foi suportado pelos empreendedores.
O projecto envolveu um "enorme esforço pessoal", sacrificando momentos de lazer . Dedicação que, diz Filipe Simões, "é seguramente compreendida por todos aqueles que se lançam num projecto empreendedor."
Uma fusão de conhecimentos
O gosto por desafios levou Filipe Simões, 33 anos, doutorando em Engenharia Electrotécnica na Universidade de Coimbra e professor, a desafiar o mercado do futebol com os equipamentos da SAKProject. Seis anos separam-no de Rui Pina, de 39 anos, licenciado em EVT, também professor, e com um passado muito ligado ao mundo das artes, numa vertente de manipulação de materiais. Rui Pina é hoje o responsável pela pesquisa e testes a novos materiais na SAKProject. Foi o seu gosto por projecto e engenharia de produto que esteve na génese de tudo. Quando, por motivos profissionais, recebeu formação em materiais compósitos (carbono, kevlar), deparou-se com uma matéria-prima de elevada resistência ao impacto mas de muito baixo peso cujas potenciais aplicações passou a estudar. Encontrou nas protecções, em particular nas caneleiras personalizadas para jogadores de futebol, uma área com elevado potencial. Inicialmente usou técnicas artesanais mas depressa percebeu que o conceito tinha potencial de internacionalização. E é aí que surge Filipe Simões com o qual desenvolve um novo modelo de operação que faz uso intensivo da tecnologia - desde a recolha do modelo tridimensional das pernas dos jogadores, até à linha de produção com máquinas controladas por computador. A SAKProject nasceu desta fusão de conhecimentos e depois de muito testes.