Raul Santos, administrador da Crioestaminal, empresa que fundou e que se tornou num dos casos de sucesso de venda por parte de capitais de risco nacionais a um fundo de investimento internacional. A Riverside adquiriu 67% da empresa, mas Raul Santos manteve-se na empresa que fundou, detendo, ainda, capital na Crioestaminal.

A rapidez na implementação das medidas é a principal reivindicação de Raul Santos, um empreendedor que co-fundou a Crioestaminal, uma empresa de isolamento e conservação de células estaminais e que representou dos maiores casos de sucesso de venda de capitais de risco nacionais a um fundo internacional (Riverside). Criada em 2003, inaugurou em 2006 o laboratório para criopreservação de células estaminais no Biocant Park, em, Cantanhede, com capacidade para armazenar mais de 60 mil amostras de células estaminais.

Até ao momento, a Crioestaminal contabiliza mais de 40 mil criopreservações.

Raul Santos gere a empresa e, por isso, diz esperar "uma análise rápida da situação e a apresentação de um plano com medidas que respondam às necessidades, mas que, ao mesmo tempo, não comprometam o normal funcionamento das empresas e da economia". A incerteza não é vantajosa para estabelecer níveis de confiança que gerem crescimento na economia. "A implementação das medidas é mais do que urgente para eliminar esta incerteza".

Raul Santos admite não esperar que as medidas, que serão no sentido de equilíbrio das contas públicas, não serão do agrado das empresas. Mas acredita que as negociações poderão ajudar a que se façam "algumas reformas estruturais que têm vindo a ser adiadas e que nos poderão preparar melhor para os desafios do futuro". Raul Santos aproveita, ainda, para afirmar que espera que as medidas estabelecidas não passem, no entanto, pelo agravamento da carga fiscal quer para as empresas quer para os particulares.