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Last2Ticket - Eventos em qualquer lugar

Basta um dispositivo móvel com ligação à internet, como um "smartphone" ou um "tablet", para que possa dizer "adeus" às filas das bilheteiras. Conheça a última moda dos bilhetes "online".

Last2Ticket - Eventos em qualquer lugar
31 de Outubro de 2012 às 16:00
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A Last2Ticket começou por ser um exercício académico, mas depressa se tornou num projecto empresarial com tecnologia para "andar". Dez anos depois de ter começado a trabalhar na multinacional Motorola, tinha chegado a hora de Emília Catarina Simões arriscar num negócio próprio. O MBA que tirou na Escola de Negócios do Porto deu uma ajuda e hoje já faz aquilo que inicialmente se propôs: mudar a forma como os portugueses compram entradas para espectáculos.

A Last2Ticket vende bilhetes "online" através de uma tecnologia que, segundo a empreendedora, simplifica quer a actividade do promotor quer a compra de última hora por parte do púbico. Por isso, opera em três áreas: venda "on-line" de bilhetes ou acessos de entrada, gestão integrada dos eventos com monitorização das vendas e reservas em tempo real com validação do bilhete no local.

"Estamos presentes em eventos de formação, conferências, feiras, seminários, festivais de música, concertos, workshops, museus, peças de teatro, parques de diversão e parques aquáticos", diz. De que forma se distinguem da restante oferta de mercado? Segundo a empreendedora, através da facilidade de acesso. "O código-fonte desenvolvido internamente permite a desmaterialização definitiva do tradicional bilhete em papel através do bilhete 100% electrónico", diz.

A solução Last2Ticket permite comprar a entrada para um concerto, por exemplo, sem precisar de se deslocar aos pontos de venda ou imprimir um comprovativo. Em qualquer lugar, através de um "smartphone", "ipad" ou outro dispositivo móvel com ligação à internet acede ao sítio da Last2Ticket e faz a compra. Se as filas nas bilheteiras estiverem intermináveis, é esta a alternativa. Pode pagar na hora, através do sistema Paypal ou do cartão de crédito Visa, ou mais tarde, dirigindo-se a um multibanco.

Conhecimento ao detalhe
Emília Catarina Simões explica que com este sistema os promotores conseguem ter uma monitorização e controlo dos eventos em tempo real e detalhada. "É importante salientar que o sistema de validação de bilhetes é portátil e adaptável a qualquer evento, seja na praia, num descampado, num auditório ou numa sala", adianta a engenheira de electrónica e telecomunicações.

A ideia surgiu enquanto a empreendedora estava a tirar um MBA no Porto Business School. "A verdade é que nunca sabemos o verdadeiro potencial das ideias até as testarmos em ambiente real de negócios. Houve um momento em que acreditei e outro em que decidi que tinha de avançar", conta.

O ambiente que viveu na Escola de Negócios do Porto ajudou. Amadureceu o trabalho académico, preparou o plano de negócios e discutiu-o com amigos, família e outras pessoas que pudessem ajudar a melhorar e ajustar o projecto. Depois, candidatou-se a um dos programas apoiados pelo IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional. A partir do momento em que foi aprovado, começou a desenvolver a plataforma e a consolidar a equipa.

"Começar do zero é sempre uma tarefa árdua, pois temos de estar incessantemente a explicar e a justificar qual é a ideia de negócio. É especialmente difícil explicar de que negócio se trata estando ele apenas na nossa cabeça", diz. Pelo caminho, teve alguns entraves financeiros, que, segundo a empreendedora, são próprios da crise que o país atravessa. E confessa que foi difícil conseguir financiamento apenas com base numa ideia. "É fundamental ter uma óptima capacidade de resiliência para implementar um negócio", diz.

A persistência levou-a a mais de um ano e meio de existência. Lançou a empresa em Abril de 2011 e um ano depois iniciaram aquele que foi o período de "maior volume de negócios": venderam mais de 6.500 bilhetes electrónicos, ou seja, cerca de 150 mil euros.

"O período difícil que atravessamos exige um esforço ainda maior da nossa parte mas acredito que começámos a ganhar espaço no mercado de bilhética." A engenheira acrescenta que o facto de estar a criar valor e a aumentar a sua experiência num momento conjunturalmente tão difícil tem um valor incalculável para si.

O festival "Surf AtNight", em 2011, marcou o início da actividade da "startup" enquanto bilheteira "online". A seguir, esteve presente no AquashowPark, TEDx O'Porto , Queima das Fitas do Porto, Social Media Dayportugal, XII Jornadas de Marketing e Encontro Internacional sobre Segurança na FIL. "Actualmente somos a bilheteira 'online' das formações AEP, das conferências IgnitePortugal, de parques de aventura e diversão, do Portugal Fashion, do TEDxBoavista."

A grande aposta para o futuro (a curto e médio prazo) é a internacionalização da tecnologia. "Todo o sistema foi pensado de raiz para operar internacionalmente e acreditamos que está capacitado para gerir grandes fluxos." Emília Catarina Simões já está a negociar possíveis entradas em alguns países europeus (e não só), mas não específica quais.

A longo prazo é ambição da equipa melhorar a experiência de bilhetes electrónicos, introduzindo novas funcionalidades e criando produtos novos, customizados para diversos sectores, do desporto à moda, dos museus aos festivas de música.






Bilhete de identidade

Empresa
Last2Ticket
Início de actividade Abril de 2011
Área de actividade Comercialização de bilhetes para eventos sociais, culturais e desportivos por via electrónica.
Site www.last2ticket.com






Dez anos numa multinacional

Emília Catarina Simões é licenciada em Engenharia Electrónica e de Telecomunicações, pela Universidade de Aveiro. Depois de concluir os estudos, em 1999, trabalhou 10 anos na Motorola.

A vontade de abraçar novos desafios profissionais começou a crescer depois de sair da empresa multinacional. Nesse mesmo ano, inscreveu-se no MBA.

"Ter um negócio próprio não era um objectivo presente, mas a verdade é que quando ingressamos num programa de formação de executivos, ficamos sempre com a ideia de que podemos empreender um projecto, a curto e médio prazos." Aos 37 anos, é a fundadora do Last2Ticket.


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