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E com o futebol eles empreenderam

Paulo Pereira e Joaquim Moura viram a sua vida mudar. Um servia à mesa, outro tinha uma pastelaria. Hoje têm um centro de Congressos.

25 de Junho de 2009 às 11:55
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Antes era assim: Joaquim Moura servia às mesas, Paulo Pereira tinha uma pequena pastelaria. E o antes transformou-se nisto: Paulo Pereira facturou 15 milhões de euros desde 2007, Joaquim Moura transformou-se num empresário bem sucedido da restauração. Em breve será assim: ambos serão donos de um centro de congressos que vai custar 4,5 milhões de euros. Vai mais um "teaser" (na verdade, são três): há futebol, Euromilhões e belas paisagens na narrativa que aí vem.

Três anos após ter aberto a sua pastelaria, a vida de Paulo Pereira foi tomada pelo abalo da sorte em 2004. Uma chave certeira do Euromilhões trouxe um prémio de mais de 40 milhões de euros, que dividiu com um amigo com quem fez sociedade. Até então, Paulo Pereira era dono de uma pastelaria - o empreendedorismo esteve sempre lá, mas agora dava para pensar em saltos diferentes. Após o prémio, ofereceu a pastelaria à irmã e deu uma ambulância de última geração aos bombeiros de Vizela, entre outros feitos que os jornais locais registaram. E decidiu aventurar-se a sério no mundo dos negócios. Envolveu-se na esfera do imobiliário ("é a minha área de eleição") e, entre os vários projectos que tem, diz que o seu volume de negócios foi de 15 milhões de euros desde 2007 até hoje (entre outros projectos, um dos mais importantes é um loteamento de 37 vivendas de luxo, já quase todas vendidas). Pelo meio, chegou a falar-se de ser presidente do Moreirense, mas acabou no Vitória de Guimarães, onde está pela segunda vez como vice-presidente.

No que toca a Paulo Pereira, que hoje já faz parte do clube dos trintões, ficamos temporariamente por aqui. Mas convém não esquecer o Vitória, o clube da terra que proporcionou o encontro dos dois protagonistas da história.


Encontros na quinta
Joaquim Moura tinha 13 anos quando se fez à vida. Era outro tempo. Servir às mesas tornou-se na ocupação do miúdo que, já homem, um dia foi para a tropa. Após a experiência militar, andava Joaquim Moura pelos 22 anos, a aposta foi tornar-se patrão. Fê-lo na área que melhor conhecia e abriu um restaurante. Cerca de dez anos depois, aumenta o seu património empreendedor e abre uma empresa de "catering". Tudo em Guimarães, o berço conquistador onde Joaquim Moura ergueu o seu D. José - é nome com que baptizou o seu restaurante - e onde o Vitória - aqui falamos de futebol - é paixão forte.

E é precisamente no futebol que os dois protagonistas se cruzam. Eles dizem que "foi para aí há cinco anos" que se conheceram numa das muitas saídas do Vitória a campos alheios. A bola estreitou a amizade, que se estendeu aos momentos de lazer.

É num dos instantes de convívio que Joaquim Moura um dia reúne Emílio Macedo, empresário e presidente do Vitória de Guimarães, e mais alguns amigos na sua quinta (é o próprio que o conta ao Negócios). Quinta essa que Joaquim Moura queria transformar num palco de realização de eventos, ideia que partilha com Emílio Macedo. O presidente do Vitória analisa o projecto e sugere que Joaquim Moura pense num espaço disponível na zona da Penha para criar o negócio, em vez de usar a quinta. "O presidente disse-me que, se não aparecesse alguém para investir comigo, ele próprio o faria. Mas apareceu o Paulo e partimos à aventura", conta Joaquim Moura.

A ideia de ter uma quinta para realização de eventos transforma-se no projecto de ter um centro de congressos na Penha, pensada para empresas e realização de outras actividades particulares, como casamentos. Em Setembro do ano passado, a obra começou a ser construída e a inauguração está agendada para 16 de Julho.

Para dar forma, ao que Joaquim Moura e Paulo Pereira projectaram, estão a ser investidos cerca de 4,5 milhões de euros e já há passos a ser dados para divulgar o centro, nomeadamente junto de empresas e entidades com perfil para serem clientes de um espaço desta dimensão. O empreendimento, que terá o nome "mitPENHA", e além dos espaços tradicionais que se encontram neste género de equipamento, tem um mini-ATL, uma cozinha que custou 250 mil euros e envolve ainda a recuperação de uma discoteca mesmo ao lado do centro de congressos. Para dançar depois de reunir.



PERFIL - mitPENHA

Data de abertura
16 de Julho de 2009
Investimento
4,5 milhões de euros
Promotores
Paulo Pereira e Joaquim Moura
Postos de trabalho
9 directas + subcontratação
Espaços
Sala de refeições, mini-ATL, auditório (cerca de 1000 pessoas sentadas), discoteca

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