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Dar forma(s) aos conteúdos

A diversificação das plataformas veio colocar novos desafios às produtoras.

30 de Setembro de 2010 às 10:56
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"Era muito mais fácil quando tínhamos apenas que nos preocupar em imaginar, escrever e mais nada". Nuno Artur, director da Produções Fictícias

Empresa:
Produções Fictícias
Data de criação: 1993
Volume de negócios em 2009: 5,3 milhões de euros
Produtos de marca: Contra-Informação, Gato Fedorento, Os Contemporâneos





A diversificação das plataformas veio colocar novos desafios às produtoras. Um dos maiores é, na opinião de Nuno Artur, director da Produções Fictícias, pensar conteúdos para esses múltiplos canais. "Antigamente era muito simples: produzíamos um conteúdo e havia uma estação de televisão que nos pagava 'toma lá, da cá'. Não nos preocupávamos com mais nada, porque o resto era tratado por eles. Hoje temos de pensar que esse mesmo conteúdo pode ter uma vida que atravessa vários suportes. Temos de pensar não só no conteúdo em si, mas nas suas diferentes formas".

Os acordos simples de venda do conteúdo, mediante o pagamento do mesmo deram lugar a uma estratégia para a difusão e circuito desse mesmo produto. "Quando temos um conteúdo de humor temos de pensar que ele pode existir na televisão, mas depois pode existir em DVD e depois pode existir em livro e depois pode existir em espectáculo ao vivo.

Ou seja, ganhamos menos de um sítio, e mais da soma de vários sítios. Tal leva Nuno Artur a considerar ser mais difícil hoje em dia para uma produtora fazer negócio. "Melhor era quando produzíamos e pagavam.

Era muito mais fácil quando tínhamos apenas que nos preocupar em imaginar, escrever e mais nada.
Agora é mais complicado, primeiro devido à escala do país e depois porque há muita oferta pequenina, disseminada. Há muita concorrência".






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