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Combater a corrosão

A SmallMaTek vai recorrer a soluções nanotecnológicas para proteger as estruturas metálicas da corrosão. O inicio de actividade já está em contagem decrescente.

04 de Novembro de 2010 às 10:42
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O NanoSmartek começou por ser um exercício do CEBT, mas depressa se tornou num plano de negócios "consistente e maduro". Antes do final do ano, o nome muda para SmallMaTek - Small Materials and Technlogies.

Promotor João Tedim
Projecto NanoSmartek
Área de actividade Prestação de serviços de I&D
Sede grupUNAVE (Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro).
Investimento inicial previsto 50 mil euros.





João Tedim tem apenas 28 anos mas já é doutorado em Química-ísica, pela Universidade de Leicester, no Reino Unido. Não parou. Quando regressou do país de Sua Majestade, ingressou na Universidade de Aveiro, desta vez como bolseiro de pós-doutoramento. Alguns meses depois, concorreu ao CEBT. "Decidi participar porque necessitava de melhorar a minha formação nas áreas de gestão e financeira e para, de certa forma, avaliar a minha capacidade de empreender num ambiente controlado", explica. Como grandes vantagens do curso, aponta a multidisciplinaridade das equipas e a troca de opiniões com empresários de sucesso em várias áreas. Mais: serviu como "catalisador" para a criação e implementação do projecto NanoSmartek, que, em breve, se chamará SmallMaTek - Small Materials and Technologies, quando a empresa se constituir.

O que começou por ser um exercício do curso, acabou por se desenvolver com o apoio da UATEC (Unidade de Transferência de Tecnologia da Universidade de Aveiro) e tornou-se num "plano de negócios consistente e maduro a ponto de se avançar para a constituição de uma empresa".

Proteger as estruturas metálicas da corrosão. É disto que trata o projecto de João Tedim.

A SmallMaTek vai prestar serviços de consultoria na área de monitorização, caracterização e desenvolvimento de revestimentos para protecção contra a corrosão. Para isso, vai recorrer a soluções nanotecnológicas inovadoras.

"A corrosão é uma das principais causas de degradação de estruturas metálicas e o impacto económico deste problema é considerável", comenta. Vários estudos apontam para custos directos anuais na ordem dos 4% do PIB dos países mais industrializados., segundo Tedim. Apesar de existirem produtos no mercado que minimizam os efeitos negativos da corrosão, existem sectores da indústria, como o automóvel, aeronáutica, marítima, construção, que procuram soluções mais eficazes. Por um lado, querem uma extensão do tempo de serviço das estruturas metálicas.

Por outro, precisam que estas cumpram as regras ambientais que "são cada vez mais exigentes". "É nesta necessidade tecnológica que assentará a base da nossa actividade."

A ideia teve origem unidade de investigação do Laboratório Associado CICECO (Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos), da Universidade de Aveiro, da qual Tedim faz parte. O grupo tinha o "know-how" necessário e vontade para avançar com o projecto. Objectivo: preencher o buraco entre as necessidades da indústria e a actuação da Universidade de Aveiro.

As perspectivas apontam para que a actividade da empresa se inicie antes do final do ano. "Nesta fase, o nosso objectivo é tentar estabelecer parecerias com produtores de tintas a nível nacional e internacional", diz João Tedim. Sobre o curso, comenta que o ajudou a repensar a comunicação do que faz como investigador e a quantificar o seu potencial valor.

"Alertou-me para estar ainda mais atento às necessidades existentes no meio envolvente e a avançar com soluções que possam suprir as mesmas", conclui.



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