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Ateliê de arquitectura renasce com o Audax

O curso de arquitectura não chegava para saber gerir um negócio. Ana Jara e Lucinda Correia recorreram ao Audax.

09 de Outubro de 2009 às 10:54
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O curso de arquitectura não chegava para saber gerir um negócio. Ana Jara e Lucinda Correia recorreram ao Audax.

Para Ana Jara e Lucinda Correia, a aventura empreendedora começou em 2005, quando as duas arquitectas decidiram instalar-se num "ateliê" próprio. Mas, com o passar do tempo, foram-se apercebendo de que a faculdade não as tinha preparado para gerir um negócio. "Achámos que precisávamos de encontrar uma forma de pôr a coisa a funcionar e transformar o nosso trabalho conjunto numa empresa viável", recorda Lucinda. Uma pesquisa na Internet levou-as até ao Audax, o Programa de Especialização em Empreendedorismo e Criação de Empresas lançado no ISCTE, em Lisboa.


A experiência, diz Ana, foi muito enriquecedora, especialmente porque esta era a primeira vez em que a jovem empresária contactava com matérias tão díspares como o "marketing", a economia, ou o enquadramento jurídico de uma empresa. "Venho de uma área de formação técnica e artística, mas que nada nos ensina sobre empreendedorismo e sobre a forma de montar uma empresa e fazê-la funcionar", nota.



No segundo semestre, o da elaboração do plano de negócios, o projecto integrou Sara Goulart, uma amiga de Ana e antiga cliente do ateliê, cujo trabalho na área da comunicação veio complementar a formação técnica das duas arquitectas e equilibrar as competências necessárias à evolução da empresa.



A partir daí, começou um longo percurso para aperfeiçoar o projecto e transformá-lo num negócio de sucesso - um "ateliê" de arquitectura especializado na reabilitação urbana, oferecendo serviços que vão desde a procura de imóveis, ao estudo de viabilidade do investimento e à entrega do imóvel restaurado.



Hoje, o plano de negócios está pronto e a empresa deve ser brevemente relançada no mercado, mas, desde a ideia primitiva ao produto final, houve muito trabalho de reflexão e reformulação. A cada 15 dias era feita uma apresentação perante a turma, em que os tutores e os colegas apreciavam e criticavam o projecto em conjunto, apontando falhas e sugerindo melhorias. "Foi um trabalho de partir pedra, de ir para casa digerir a crítica, de resolver problemas. No fundo, foi um repensar da forma como tínhamos imaginado a empresa", lembra Sara.



Esta dinâmica, bem como o apoio permanente de que foram alvo, são apontados como as principais chaves de sucesso deste curso. Mesmo depois de terminado o período lectivo, o "ateliê" vai continuar a contar com a ajuda do Audax na procura de financiamento, por exemplo. Dentro em breve, será a vez de Ana, Lucinda e Sara ajudarem os novos alunos a perceber o que é preciso para se ser empreendedor.


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