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Títulos da Cofina agregados na mesma sede, mas mantêm "ADN e autonomia"

A Cofina, dona do Correio da Manhã, Sábado, Record e Jornal de Negócios, vai agregar as redacções dos títulos na sede, no Alto dos Moinhos (Lisboa), para "rentabilizar sinergias", mas salvaguarda o "ADN e autonomia" de cada publicação.

O CaixaBI recomenda “reduzir” na Cofina, depois do “impressionante” rally de 80% registado em 2017 ter deixado a acção sem potencial de valorização. O banco diz que a “baixa visibilidade” da evolução do negócio é o principal ponto fraco da empresa, pelo que a perspectiva para a evolução das receitas é “cautelosa”.
Miguel Baltazar/Negócios
06 de Setembro de 2017 às 17:18
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"Vamos rentabilizar sinergias, com respeito pelo ADN e autonomia de cada título", disse hoje à agência Lusa o 'publisher' do grupo Cofina, Octávio Ribeiro.

Segundo o responsável, "as obras já começaram hoje" e dizem respeito à "actual sede", no Alto dos Moinhos.

Em causa estão "todos os títulos" do grupo, precisou.

Além do Correio da Manhã, Sábado, Record e Jornal de Negócios, fazem parte da Cofina publicações como a Flash, Máxima e Destak. O grupo detém também a CMTV.

Questionado pela Lusa sobre o que isso implica em termos editoriais, ou seja, se poderá haver despedimentos ou o desaparecimento de algum dos títulos, Octávio Ribeiro garantiu que não significa "nada".

A Cofina fechou o primeiro semestre do ano com um lucro de 718 mil euros, uma redução de 69,3% face aos 2,34 milhões de euros registados entre Janeiro e Junho de 2016, foi divulgado em Julho passado.

Em comunicado enviado na altura à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo de 'media' indicava que o EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) no período em análise foi de 5,6 milhões de euros, uma queda de 12,7% face aos 6,4 milhões de euros de igual período no ano passado.

Na ocasião, a Cofina sublinhou que, no actual "contexto adverso" do sector dos 'media', "está a implementar um plano de reestruturação, que visa preparar a empresa para a realidade actual e futura, garantindo a sua sustentação e níveis de rentabilidade adequados".

"O referido plano passa pela optimização da estrutura e do portefólio de produtos. Neste sentido, nas contas do primeiro semestre estão incluídos dois milhões de euros referentes a custos de reestruturação", informou o grupo.

Em 30 de junho de 2017, a dívida líquida nominal da Cofina era de 56 milhões de euros, refere o texto enviado à CMVM.
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