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Rádio pública com publicidade por sua própria decisão "fundamentada"
O contrato de concessão para a RTP que o Governo quer que entre em vigor a 1 de Janeiro prevê, como já tinha sido indicado pelo ministro Poiares Maduro, a possibilidade da rádio pública ter publicidade. Mas só com decisão "fundamentada".
No contrato de concessão da RTP, que se encontra em consulta pública, permite-se que as rádios públicas (Antena 1, Antena 2, Antena 3, RDP Açores e MAdeira e RDP Internacional e RDP África) tenham publicidade. A decisão cabe à própria empresa.
De acordo com a redacção proposta, "a concessionária determina através de decisão fundamentada quais dos serviços previstos [as várias rádios] incluirão publicidade".
A opção de a rádio pública passar a incluir publicidade já era conhecida, mas agora conhece-se a redacção do contrato de concessão.
Já nos canais de televisão, a RTP1 manterá publicidade comercial desde que não exceda seis minutos por hora. Já o canal 2 não terá publicidade comercial, só institucional, como aliás já acontece. Os restantes canais poderão ter publicidade.
O serviço público, de acordo com o contrato de concessão em consulta pública, será financiado, como também já tinha sido divulgado pelo Governo, apenas com recurso à contribuição para o audiovisual, além das receitas comerciais do grupo RTP.
"Os encargos decorrentes do financiamento do serviço público de televisão e de rádio serão previstos num horizonte plurianual com a duração de quatro anos, devendo indentificar, além dos custos totais, a parcela anual desses encargos", lê-se no contrato de concessão.
A contribuição para o audiovisual poderá descer se houver uma sobrecompensação, ou seja se os resultados operacionais do grupo excederem 10% o valor pago pelos consumidores portugueses.