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Prisa vende Canal+ à Telefónica por 750 milhões
A Prisa, grupo espanhol de comunicação social que controla a TVI, acordou vender a posição de 56% que tem no Canal+ à Telefónica por 750 milhões de euros. A alienação da plataforma de televisão por subscrição faz parte do plano da Prisa para reduzir o endividamento, mas implica o registo de perdas.
O grupo espanhol de comunicação social que controla a portuguesa TVI vai vender a sua participação de 56% no Canal+ à Telefónica por 750 milhões de euros, anunciaram os dois grupos esta segunda-feira, 2 de Junho. Este negócio enquadra-se na estratégia da dona do jornal "El País" de alienação de activos, destinada a reduzir o seu nível de endividamento bancário.
De acordo com o diário espanhol, a concretização do negócio está dependente da "luz verde" dos bancos financiadores da Prisa, além da autoridade espanhola para a concorrência.
A venda do Canal+ vai obrigar o grupo de comunicação social liderado por Juan Luís Cebrian a registar uma perda de 2.067 milhões de euros, o que colocará a empresa "numa situação de desequilíbrio patrimonial". No entanto, o acordo estabelecido com a banca prevê um mecanismo de conversão automática de uma parte da dívida em títulos de funcionam como capital, em espanhol, "prestamos participativos", em valor suficiente para "compensar o desequilíbrio patrimonial".
Com a compra de 56% do Canal+, a Telefónica passa a ser a maior accionista da Distribuidora de Televisión Digital (DTS), empresa que detém a plataforma de televisão por subscrição. Isto porque o grupo de telecomunicações já controla 22% da DTS, ficando agora com 78% do capital. Os restantes 22% estão nas mãos da Mediaset España, de Sílvio Berlusconi, que agora tem 15 dias para exercer o direito de preferência na compra da participação ou de acompanhamento da Telefónica nesta aquisição.