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Pedro Norton: "Não nos compliquem mais a vida desnecessariamente"
O presidente executivo da Impresa, Pedro Norton, fala de anos difíceis em que a queda do mercado levou a um ajustamento na empresa que caracterizou de "violentíssimo".
O processo de ajustamento à actual situação de mercado foi, segundo descreveu Pedro Norton, "violentíssimo".
O presidente da Impresa lembrou que o mercado de publicidade caiu nos últimos anos 48-49%, tendo na televisão caído 52% e na imprensa 66%. Só este ano vai com uma queda de cerca de 13%.
"O que é espantoso,não é que esteja aqui o operador público, mas que estejamos aqui nós os privados que não estão no sector de forma instrumental", que é algo, disse, que existe, considerando desta forma "espantoso" que os privados tenham conseguido sobreviver à crise que assolou o sector.
Pedro Norton falou de um processo de ajustamento "violentíssimo". A estrutura de custos da Impresa é, em 2013, inferior em 70 milhões ao que era há quatro anos. Corte que "não se faz sem muita dor, violência, sacrifício e sem acreditar muito naquilo que se faz. Nós que fizemos este ajustamento, temos o direito e o dever, perante os accionistas, trabalhadores e até a quem saiu do grupo, de reclamar uma coisa mínima: não nos compliquem mais a vida, desnecessariamente".
Pedro Norton referia-se à proposta do contrato de concessão para a RTP, nomeadamente na questão do financiamento, mas também na possibilidade de haver 12 canais públicos "sem haver nenhuma referência de como vão ser financiados. Quero acreditar que não é assim, que estou a interpretar mal e que não será aprovado nestes termos".