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Novos critérios do Bareme alteram quotas de mercado

A Marktest prepara-se para adoptar uma nova classificação das publicações e dos segmentos de mercado no Bareme, estudo que faz a medição da audiência dos vários títulos da imprensa escrita.

17 de Abril de 2008 às 20:50
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A Marktest prepara-se para adoptar uma nova classificação das publicações e dos segmentos de mercado no Bareme, estudo que faz a medição da audiência dos vários títulos da imprensa escrita.

A nova fórmula ainda não é conhecida, mas é certo que irá alterar as actuais quotas de mercado dos vários grupos editoriais. E isto poderá ter influência na avaliação do conceito de "mercados relevantes" que será aplicado na futura Lei da Concentração.

Em cima da mesa estará a integração dos jornais gratuitos no segmento da imprensa diária generalista, um critério provisório que a Marktest adoptou no estudo sobre o primeiro trimestre de 2008, esta semana divulgado. Estão também a ser analisados pormenores como a classificação do semanário gratuito "Sexta" que, à luz do seu modelo editorial e de distribuição, poderá encaixar em diferentes segmentos: imprensa gratuita, semanários generalistas ou encartes.

A iniciativa de reclassificar o mercado de imprensa no Bareme não é assumida por qualquer das fontes contactadas. E embora o resultado final deste processo venha a ter consequências na legislação que regulará possíveis posições dominantes no mercado, todos os intervenientes garantem que não foi a Lei da Concentração a precipitar esta revisão.

A definição dos novos parâmetros está a ser liderada pela Comissão de Análise de Estudo de Mercado (CAEM), em coordenação com a APImprensa e outros parceiros do sector. A primeira reunião entre as duas entidades para a preparação destes novos critérios ocorreu esta segunda-feira. "Começámos agora a trabalhar e ainda é prematuro avançar detalhes", confirma o presidente da APImprensa, João Palmeiro.

A Marktest planeava aplicar os novos critérios já aos resultados da primeira vaga de 2008 do Bareme Imprensa mas "a CAEM não redefiniu atempadamente a classificação em vigor até final de 2007", explica o administrador da Marktest responsável por este estudo, José António Fernandes. A necessidade de avançar com a publicação dos dados de audiência do primeiro trimestre levou a Marktest a adoptar uma classificação provisória em segmentos como os diários e os semanários generalistas.

Para a segunda vaga, que começa a ser preparada em Maio, a empresa conta já poder aplicar as novas classificações definitivas. José António Fernandes garante que "a única preocupação da Marktest é a qualidade do estudo" e diz que a empresa "está disponível para adoptar o sistema que melhor servir o mercado".

Azeredo Lopes - presidente da ERC, entidade que avaliará as possíveis posições dominantes no mercado de media -, explica que o regulador "não tem intervenção nestas reuniões" entre a CAEM e o sector da imprensa, pelo que se limitará a aplicar a Lei da Concentração com recurso "aos instrumentos mais fiáveis possível" entre os critérios adoptados pelo mercado.

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