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Novo director da RTP2 quer duplicar audiências num ano
Elísio Oliveira ambiciona acelerar a apresentação de resultados à administração da estação pública para “merecer” um reforço do orçamento no próximo ano, de acordo com uma entrevista ao "DN".
O presidente da RTP, Alberto da Ponte, fixou para o segundo canal o objectivo de obter um “share” de 4% até ao final de 2015, mas o novo director de programas da RTP2 acredita que é possível alcançar esse resultado, que duplicaria as audiências, num prazo mais curto.
Em entrevista ao “DN”, Elísio Oliveira referiu que “gostaria de ter os 4% no final do primeiro trimestre do próximo ano, em Março de 2015”, prometendo “trabalhar afincadamente para isso”. Até porque esse será um dos argumentos a levar à administração da empresa para “poder merecer mais no próximo ano” em termos orçamentais.
Para este ano, a RTP 2 terá um orçamento de grelha externa próximo dos oito milhões de euros, o que praticamente duplica aquele que era o dinheiro disponibilizado anualmente para o canal, cujo custo total será "um pouco superior" depois de somados também os custos internos, adiantou na sexta-feira, 4 de Abril, o presidente da RTP.
Alberto da Ponte anunciou no final da semana passada a passagem da direcção editorial do canal para o Centro de Produção do Norte (CPN) da empresa, instalado no Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia. Com esta decisão, a empresa pretende também garantir uma mais ampla cobertura geográfica do território e chamar à antena televisiva novos intervenientes, da política às artes, passando pelo mundo empresarial.
As primeiras alterações na grelha de programação arrancarão de imediato – esta segunda-feira, 7 de Abril, regressa o "Jornal 2", às 21h, e também o renovado "Sociedade Civil" –, mas só a partir de Setembro é que se verá uma transformação mais concreta. Elísio Oliveira explicou que a nova estrutura tem de “lutar com as diversas contingências, até de carácter orçamental”, que irão acontecer neste trajecto.
Sobre o concurso semestral que será aberto pela estação pública para a apresentação de projectos por parte de produtoras, o novo responsável máximo da RTP2 advertiu que todos sonham “em fazer coisas giríssimas e interessantes, mas depois a realidade é muito diferente” quando são confrontados “com os números e as limitações até da própria emissão”, de saber em que faixas horárias podem investir mais.