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Media privados dizem que apoio de 15 milhões "fica aquém do justo e necessário"

A Plataforma de Media Privados considera que a medida de emergência aprovada pelo Governo "pouco ou nada" acrescenta aos valores tradicionalmente aplicados em campanhas institucionais.

17 de Abril de 2020 às 20:32
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Era uma das soluções propostas pela Plataforma de Media Privados (PMP) para o setor dos media, mas nem por isso a organização que reúne vários grupos de comunicação social ficou convencida com o anúncio feito esta sexta-feira pelo Governo. 

Em comunicado, a PMP, que representa os grupos Cofina, Impresa, Renascença, Público, Global Media e Media Capital, sublinha que os 15 milhões de euros que o Estado vai aplicar na compra de publicidade institucional ficam "muito aquém do justo e necessário, pouco ou nada acrescentando às verbas tradicionalmente inscritas em sede orçamental para os mesmos fins".

A PMP destaca que a aquisição de publicidade institucional é uma medida "adequada" para compensar as "brutais quebras de receitas" que o setor enfrenta por causa da pandemia, deixando registada a "declaração do Governo de que esta é uma medida transitória e que será revisitada em função das necessidades". Na apresentação da medida, que teve lugar esta sexta-feira, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, reconheceu que pode vir a ser necessário reforçar o valor do apoio. 

Na mesma nota, a plataforma revela ainda preocupações quanto à distribuição do montante. "Esperamos que os critérios de repartição sejam os mais correctos, como vimos defendendo, e que os mecanismos burocráticos do Estado não dificultem a sua fluidez".

Os media privados representados pela PMP esperam que os preços de contratação das campanhas sejam "no mínimo, equivalentes aos médios de mercado", e demonstram reservas sobre "o número e a natureza das entidades que serão chamadas a regular este processo".

A plataforma, que tem Luís Nazaré como diretor-executivo, mostra-se disponível para discutir com o Governo as medidas para o "dia seguinte", já que o Governo revelou que após a medida de emergência serão adotadas outras soluções de apoio à imprensa.

"Para isso, será necessário ultrapassar as dificuldades do presente e encarar o futuro próximo numa perspectiva de progresso e reparação das injustiças a que nos vemos sujeitos. Seria inútil uma mão cheia de nada", concluem os responsáveis das empresas de media. 

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