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Lucros da Impresa caem 80% até Setembro

A dona da SIC regressou aos lucros no terceiro trimestre passando de 384 mil euros de prejuízo para 416 mil euros de resultados líquidos positivos. Tendo em conta o acumulado dos nove primeiros meses do ano, o lucro caiu 80% para 1,1 milhões de euros

Bruno Simão/Negócios
29 de Outubro de 2015 às 16:49
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A Impresa fechou os primeiros noves meses do ano com um resultado líquido de 1,1 milhões de euros, uma queda de 80,4% face ao período homólogo, de acordo com um comunicado emitido à CMVM esta quinta-feira, 29 de Outubro.

Tendo em conta só o terceiro trimestre os resultados da dona da SIC destacam-se pela positiva passando de prejuízos a lucros. De Julho a Setembro o grupo de media obteve resultados líquidos no valor de 416,6 mil euros, que comparam com os resultados negativos de 384,7 mil euros registados no terceiro trimestre de 2014.

Já as receitas consolidadas do grupo liderado por Pedro Norton (na foto) decresceram 4,8% para 164 milhões no acumulado até Setembro, uma queda quase transversal a todos os segmentos. Nesta rubrica, a televisão registou uma queda de 5% para 123 milhões e a área de publishing registou uma descida de 4,1% para 40 milhões.

Analisando os dados do terceiro trimestre a queda é inferior, tendo os proveitos diminuído apenas 0,9% para 53 milhões de euros e a SIC registado um aumento de 0,9% nos proveitos para cerca de 40 milhões de euros.

A queda das receitas de circulação das publicações do grupo (que detém títulos como o Expresso e a Visão) e das chamadas de valor acrescentado (IVR) continuam a penalizar os resultados da Impresa, apesar de o grupo ter aumentado as receitas da publicidade (+1,5%) e a subscrição de canais (+12,4%) no terceiro trimestre.

Prova disso, e apesar de nos últimos meses já estar a registar melhorias nestes últimos capítulos, é a queda em 0,4% do investimento em publicidade dos anunciantes no acumular dos nove primeiros meses. E de 33,4% para 23 milhões de euros do segmento outras receitas, que engloba serviços de multimédia como as chamadas de valor acrescentado.

Aliás, de acordo com o comunicado, de Janeiro a Setembro as chamadas de valor acrescentando levaram a uma redução de 35% do EBIT da Impresa para 12,2 milhões de euros.

Ainda no plano operacional, o resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) caiu 28,2% para 14,2 milhões de euros nos primeiros noves meses, com a margem de EBITDA também a descer para 8,7%. Tendo em conta só os dados do terceiro trimestre a tendência é inversa: o EBITDA aumentou 16,3% para cerca de 4 milhões.

Os custos operacionais caíram 1,8% para 150 milhões de euros.

A melhoria de 19,6% para 2,2 milhões de euros dos resultados financeiros no terceiro trimestre é justificada pela Impresa com "o resultado da renegociação de várias linhas de financiamento, o que permitiu a descida dos custos de financiamento a partir deste trimestre".

A dívida líquida do grupo manteve uma tendência decrescente, "passando de 197 milhões de euros no final de Setembro de 2014, para 195,6 milhões de euros no final de Setembro de 2015.

"Tendo em conta os resultados positivos obtidos no terceiro trimestre, e apesar dos resultados acumulados no final de Setembro de 2015 apresentarem valores inferiores a 2014, devido à evolução dos IVR durante o primeiro semestre", a Impresa "mantém a expectativa de realizar um segundo semestre em linha com o ano transacto, sem considerar impactos não recorrentes do ajustamento funcional efectuado no mês de Outubro, bem como de continuar a redução do seu passivo remunerado", lê-se no documento.

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