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Lucros da SIC não impedem prejuízos da Impresa

O grupo teve um resultado negativo de 2 milhões de euros, apesar dos bons resultados na televisão. As receitas do semanário Expresso atingiram o valor mais elevado desde 2017.

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Após dois anos consecutivos de lucros (12,6 milhões de euros em 2021 e 1,1 milhões de euros em 2022), a Impresa teve no ano passado um prejuízo de 2 milhões de euros, comunicou o grupo à CMVM.

"É na estrutura do grupo que são consolidados custos financeiros como o serviço da dívida, que se agravou com a subida das principais taxas de referência, o que explica que este ano a Impresa não apresente lucros", informa a empresa. "O resultado líquido ajustado dos custos de reestruturação foi positivo no montante de 1,4 milhões de euros", acrescenta.

Os resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) do grupo foi de 15,4 milhões de euros, uma descida de 8% face a 2022. Já "sem considerar os custos de reestruturação", o EBITDA recorrente foi de 18,8 milhões, menos 1,3% relativamente a 2022, pode ler-se no comunicado.

As receitas totais atingiram 182 milhões de euros, uma queda de 1,8%. Já os custos operacionais diminuíram 1,1%, "não obstante a pressão inflacionista", sublinha a Impresa. "Se excluídos os custos de reestruturação, os custos operacionais desceram 1,8%".

A dívida remunerada líquida do grupo atingiu os 115,5 milhões de euros no fecho do ano, um aumento de 8,2 milhões em relação ao ano anterior. Ainda assim, diz o grupo, "trata-se do segundo ano de menor nível de endividamento desde 2005, ano em que a Impresa passou a deter
100% do capital da SIC".

Lucros da SIC aumentam 12,2%

Há, no entanto, situações bem distintas dentro da Impresa. No ano passado, a televisão (que inclui SIC, SIC Notícias, entre outros) obteve um lucro de 8,3 milhões de euros, enquanto o EBITDA ascendeu aos 16,6 milhões de euros (apesar de representar uma quebra de 2,8% face a 2022). Já o EBITDA recorrente subiu 4,2% para 18,9 milhões.

Responsável por 85% do volume de negócios da Impresa, o segmento de televisão teve uma quebra das receitas de 2,4% (de 159,9 para 156 milhões) e os custos operacionais caíram 2,3% (para 139,5 milhões).

Já a área de publishing (que inclui Expresso e Blitz) teve um aumento de receitas de 1,3% para 24,7 milhões de euros, enquanto os custos operacionais subiram 4,1% para 22,9 milhões.

O EBITDA deste segmento ficou em 1,8 milhões de euros, uma quebra de 24,9%, e o EBITDA recorrente ficou em 2,5 milhões (menos 22,2%).

Última atualização às 17h26.

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