A Media Capital fechou 2016 com um resultado líquido de 19,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 10% face ao ano anterior, com a empresa que controla a TVI a beneficiar com o aumento das receitas com publicidade nos vários segmentos de negócio.

Os rendimentos operacionais estabilizaram em 174 milhões de euros, com as receitas com publicidade a aumentarem 4% para 121 milhões de euros, o que permitiu anular a queda de 9% nos outros rendimentos operacionais.

Com os gastos operacionais a caírem 1%, a Media Capital melhorou o EBITDA em 3% para 41,5 milhões de euros, com a margem a progredir nove décimas para 23,9%. O EBITDA subiu 6% na televisão, aumentou 35% na produção audiovisual e caiu 23% na rádio.

Os resultados operacionais aumentaram 8% para 33,3 milhões de euros e a Media Capital beneficiou também com a melhoria dos resultados financeiros (mais de 700 mil euros), embora o volume de impostos tenha aumentado (mais de 1 milhão de euros).

A melhoria nos resultados da cotada portuguesa controlada pelos espanhóis da Prisa reflecte a evolução positiva registada no quarto trimestre, período em que os lucros aumentaram 13% para 10,3 milhões de euros, enquanto os rendimentos operacionais e o EBITDA verificaram a mesma evolução do ano (+0% e 3%, respectivamente).

Publicidade em alta

No comunicado com a apresentação de resultados, a Media Capital salienta que a TVI reforçou a liderança das audiências, quer tendo em conta o canal generalista, quer comparando os grupos com vários canais.

"Em virtude do bom desempenho de audiências e da performance comercial", as receitas publicitárias na unidade com maior peso no grupo (televisão) aumentaram 4% para 101 milhões de euros.   

No segmento de rádio, onde controla a também líder Rádio Comercial (share médio de 23,5%), a Media Capital beneficiou com o aumento de 6% nas receitas. Uma evolução que foi mais do que anulada pela queda nos outros rendimentos (-72%) e pelo aumento de 5% nos gastos operacionais. Na actividade digital a publicidade melhorou 14%.

A dívida líquida desceu 14,1 milhões de euros para 98,1 milhões de euros, com a empresa a assinalar que "mantém assim uma confortável estrutura de capital".