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Lucro da Cofina cai 35,4% para 648 mil euros até Março

As receitas do grupo de media foram impactadas pela queda dos proveitos de circulação e de publicidade. A empresa revelou ainda que a plataforma de jogo online que está a desenvolver estará pronta no segundo trimestre.

Duarte Roriz/Correio da Manhã
05 de Maio de 2017 às 18:53
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A Cofina terminou o primeiro trimestre deste ano com um resultado líquido de 648 mil euros, o que representa uma queda de 35,4% face ao mesmo período do ano anterior.

As receitas totais do grupo de media (que detém o Jornal de Negócios, Correio da Manhã e Sábado) recuaram 9% para 20 milhões de euros devido à quebra dos proveitos da circulação em 12% para 11 milhões de euros e à redução das receitas de publicidade em 0,4% para 6,4 milhões de euros. Os proveitos de produtos de marketing alternativo também decresceram 13%.

Em comunicado emitido à CMVM, o grupo liderado por Paulo Fernandes explica que a "redução de custos de 7,5% não foi suficiente para cobrir a quebra registada nas receitas".

Deste modo, o resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) atingiu os 2,3 milhões de euros, uma redução de cerca de 500 mil euros, ou 18,9%. A margem EBITDA decresceu 1,4 pontos percentuais para 11,4%.

O grupo sublinha ainda que "por forma a fazer frente ao ambiente extremamente adverso de mercado, a Cofina aprofundou a sua política de reforço da eficiência operativa, tendo sido implementadas medidas de corte de custos nas áreas mais expostas ao ciclo, bem como uma organização da estrutura organizativa".

"Paralelamente, a Cofina está a desenvolver novas unidades de negócio, destacando-se uma plataforma de jogo online, que estará operacional a partir do segundo trimestre de 2017", revela a empresa.

Analisando os dados por segmento, as receitas da na área de jornais desceram 6,1% para 17,3 milhões de euros. O aumento em 2% para 5,2 milhões de euros das receitas de publicidade não conseguiu compensar a redução dos proveitos de circulação (-9,5%) e da rubrica de produtos de marketing alternativo (-8,7%).

O EBITDA do segmento de jornais, que inclui também o canal CMTV, ascendeu a 2,9 milhões de euros no período em análise, o que traduz um decréscimo de cerca de 12% face a 2015.

A Cofina sublinha ainda que a CMTV "tem batido sistematicamente recordes de audiência", tendo registado no primeiro trimestre deste ano "um share de 2,5%, sendo o canal com maior audiência no cabo e o quarto maior canal português atrás dos "free to air", estando apenas presente em 85% do mercado", uma vez que ainda não está presente nas plataformas da Vodafone e da Nowo. Actualmente, o canal é distribuído pela Meo e pela Nos.

No segmento de revistas, as receitas alcançadas pelo grupo situaram-se em 3,2 milhões de euros, uma queda de 22% face ao mesmo período do ano passado.

As receitas de circulação caíram 24% para 1,8 milhões de euros e as de publicidade decresceram 11% para cerca de um milhão de euros.

A Cofina relembra que "no âmbito do processo de reorganização, durante o primeiro trimestre de 2017, foi encerrada a revista semanal Flash, o que implicou custos não recorrentes e menos receitas comparativamente com o período homólogo anterior".

O EBITDA desta rubrica foi negativo em 538 mil euros.

No final de Março deste ano a dívida líquida da Cofina situava-se em 58,4 milhões de euros.



(Notícia actualizada às 19:03)

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