Notícia
Líderes da Impresa e RTP optimistas sobre futuro das televisões generalistas
O CEO da Impresa e o presidente da RTP manifestaram esta quarta-feira estarem optimistas quanto ao futuro das televisões generalistas, embora reconhecendo desafios. Francisco Pedro Balsemão e Gonçalo Reis falavam no congresso da APDC, em Lisboa.
O futuro das televisões generalistas é "saudável" e as estações generalistas são "marcas muito fortes", defenderam esta quarta-feira Francisco Pedro Balsemão (na foto), CEO da Impresa, e Gonçalo Reis, presidente da RTP, no congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), em Lisboa.
"O presente e o futuro da TV generalista é saudável e estamos bem. E há muitos dados que comprovam isso", afirmou o líder da Impresa. "Há várias funções que as televisões generalistas cumprem que não há outros meios que as possam fazer. E, por outro lado, os outros meios são complementares", acrescentou.
"Há uma confiança muito grande nas marcas das televisões generalistas, que têm grande notoriedade. Há cada vez mais concorrentes, mas há espaço para todos", concluiu.
Já para Gonçalo Reis, "não voltaremos ao tempo anterior, em que havia uma grande certeza". No entanto, o presidente da estação pública acredita que "o sector continuará a ser muito importante". "Mas há muitos desafios a enfrentar", advertiu, nomeadamente na captação de públicos mais jovens.
"Nunca se consumiu tanto vídeo como agora. A produção televisiva está em grande", frisou. "Agora, vamos ver quais as plataformas que conseguem captar o público", acrescentou. "As televisões generalistas são marcas muito fortes e alimentam todo um sector, um sector criativo e produtivo", sustentou.
ERC preocupada com estado da comunicação social
Antes do debate, Francisco Azevedo e Silva, vogal do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) considerou que o sector da comunicação social está em "estado de alerta", criticando a ausência de políticas específicas para o sector. O membro da ERC citou como exemplo França, onde foram criadas políticas fiscais para incentivar os media.
"Falar do Estado da Nação dos media, com a crise no sector, leva-nos de imediato a um estado de alerta. Foi com tristeza que assisti aos desfechos de alguns projectos que todos pensávamos vencedores, que nos habituámos a ver a ultrapassar crises", sublinhou.
Contribuição Audiovisual divide Impresa e RTP
Um dos temas onde as opiniões divergiram foi o da Contribuição para o Audiovisual (CAV). Gonçalo Reis defendeu que esta devia ser actualizada de acordo com a inflacção. Já Francisco Pedro Balsemão mostrou-se absolutamente contrário a uma subida.
"Seria uma sobrecarga para os contribuintes. Um aumento da carga fiscal e agravaria a situação de concorrência desleal por parte da RTP", defendeu.
Gonçalo Reis rejeitou as críticas. "A RTP não só não faz concorrência como não é desleal. Temos uma oferta que é muito distinta em muitos aspectos das outras estações", sustentou.
(Notícia actualizada com mais informação às 20:36)
"O presente e o futuro da TV generalista é saudável e estamos bem. E há muitos dados que comprovam isso", afirmou o líder da Impresa. "Há várias funções que as televisões generalistas cumprem que não há outros meios que as possam fazer. E, por outro lado, os outros meios são complementares", acrescentou.
Já para Gonçalo Reis, "não voltaremos ao tempo anterior, em que havia uma grande certeza". No entanto, o presidente da estação pública acredita que "o sector continuará a ser muito importante". "Mas há muitos desafios a enfrentar", advertiu, nomeadamente na captação de públicos mais jovens.
"Nunca se consumiu tanto vídeo como agora. A produção televisiva está em grande", frisou. "Agora, vamos ver quais as plataformas que conseguem captar o público", acrescentou. "As televisões generalistas são marcas muito fortes e alimentam todo um sector, um sector criativo e produtivo", sustentou.
ERC preocupada com estado da comunicação social
Antes do debate, Francisco Azevedo e Silva, vogal do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) considerou que o sector da comunicação social está em "estado de alerta", criticando a ausência de políticas específicas para o sector. O membro da ERC citou como exemplo França, onde foram criadas políticas fiscais para incentivar os media.
"Falar do Estado da Nação dos media, com a crise no sector, leva-nos de imediato a um estado de alerta. Foi com tristeza que assisti aos desfechos de alguns projectos que todos pensávamos vencedores, que nos habituámos a ver a ultrapassar crises", sublinhou.
Contribuição Audiovisual divide Impresa e RTP
Um dos temas onde as opiniões divergiram foi o da Contribuição para o Audiovisual (CAV). Gonçalo Reis defendeu que esta devia ser actualizada de acordo com a inflacção. Já Francisco Pedro Balsemão mostrou-se absolutamente contrário a uma subida.
"Seria uma sobrecarga para os contribuintes. Um aumento da carga fiscal e agravaria a situação de concorrência desleal por parte da RTP", defendeu.
Gonçalo Reis rejeitou as críticas. "A RTP não só não faz concorrência como não é desleal. Temos uma oferta que é muito distinta em muitos aspectos das outras estações", sustentou.
(Notícia actualizada com mais informação às 20:36)