Notícia
Jornal da Madeira tem dois candidatos à privatização
O jornal, detido pela Região Autónoma da Madeira, vai ser privatizado até ao final do ano, reiterou o executivo de Miguel Albuquerque, que em 2015 assumiu a reestruturação da empresa dona do título. Para já, há dois grupos interessados no JM.
13 de Julho de 2016 às 23:16
A privatização do JM (antigo Jornal da Madeira) vai acontecer até final do ano, tornando o mercado regional "totalmente regularizado" e "sem distorções de concorrência", anunciou esta quarta-feira o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus da Madeira, Sérgio Marques, adiantando haver já dois grupos interessados.
"A privatização do JM [ex-Jornal da Madeira, durante cerca de 40 anos detido pelo Governo Regional liderado por Alberto João Jardim] está a evoluir, está a seguir o seu caminho e, se tudo correr bem, estamos à beira de consumar um objectivo do Governo que é privatizá-lo, havendo já dois grupos interessados", disse Sérgio Marques no Parlamento regional, citado pela Lusa.
A Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) discutiu esta quarta-feira, 13 de Julho, o Programa Regional de Apoios à Comunicação Social Privada (MEDIARAM), que visa apoiar o funcionamento dos órgãos de comunicação social privados. Os apoios dirigem-se à produção e ao emprego, exigindo aos órgãos de comunicação social privados uma tiragem média de 5.000 exemplares à data da candidatura, um quadro de oito jornalistas com carteira profissional, seis dos quais a tempo inteiro e, no caso das plataformas digitais, a existência de quatro jornalistas, dois deles a tempo inteiro.
É exigido ainda, entre outras disposições, um ano de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), ficando os órgãos privados recebedores destes apoios sujeitos "a acções de fiscalização por parte do departamento do Governo Regional com competência" no sector.
A oposição madeirense, na Assembleia Regional, criticou o diploma, conta a Lusa, ao considerar que o mesmo serve apenas o Diário de Notícias da Madeira (pertencente ao grupo Global Media), empresa que a oposição considerou ser a única que cumpre os requisitos fixados pelo diploma.
Sérgio Marques, antigo eurodeputado, contrapôs, argumentando que o regime "não exclui ninguém" e que os apoios "serão escrutinados pela ALM".
Reestruturação
O antigo Jornal da Madeira, que anualmente onerava o orçamento regional em mais de três milhões de euros, foi alvo de reestruturação em 2015, passando a surgir em banca, a partir de Setembro, como JM. Dos 55 antigos empregos, 20 foram extintos.
O processo de venda da Empresa Jornal da Madeira, dona do JM, foi aprovado a 23 de Junho último, no Conselho de Governo. Na altura, citado pelo Diário de Notícias da Madeira, Sérgio Marques defendia que, "após um importante trabalho de reestruturação da empresa, que se concretizou numa redução do défice estrutural para cerca de um quarto do encontrado por este Governo, e após uma redefinição da estrutura societária por forma que seja possível a alienação da empresa, assinala-se de forma irrefutável o início formal da venda deste activo da região".
"A privatização do JM [ex-Jornal da Madeira, durante cerca de 40 anos detido pelo Governo Regional liderado por Alberto João Jardim] está a evoluir, está a seguir o seu caminho e, se tudo correr bem, estamos à beira de consumar um objectivo do Governo que é privatizá-lo, havendo já dois grupos interessados", disse Sérgio Marques no Parlamento regional, citado pela Lusa.
É exigido ainda, entre outras disposições, um ano de registo na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), ficando os órgãos privados recebedores destes apoios sujeitos "a acções de fiscalização por parte do departamento do Governo Regional com competência" no sector.
A oposição madeirense, na Assembleia Regional, criticou o diploma, conta a Lusa, ao considerar que o mesmo serve apenas o Diário de Notícias da Madeira (pertencente ao grupo Global Media), empresa que a oposição considerou ser a única que cumpre os requisitos fixados pelo diploma.
Sérgio Marques, antigo eurodeputado, contrapôs, argumentando que o regime "não exclui ninguém" e que os apoios "serão escrutinados pela ALM".
Reestruturação
O antigo Jornal da Madeira, que anualmente onerava o orçamento regional em mais de três milhões de euros, foi alvo de reestruturação em 2015, passando a surgir em banca, a partir de Setembro, como JM. Dos 55 antigos empregos, 20 foram extintos.
O processo de venda da Empresa Jornal da Madeira, dona do JM, foi aprovado a 23 de Junho último, no Conselho de Governo. Na altura, citado pelo Diário de Notícias da Madeira, Sérgio Marques defendia que, "após um importante trabalho de reestruturação da empresa, que se concretizou numa redução do défice estrutural para cerca de um quarto do encontrado por este Governo, e após uma redefinição da estrutura societária por forma que seja possível a alienação da empresa, assinala-se de forma irrefutável o início formal da venda deste activo da região".