Notícia
Impresa, Global Media e Media Capital defendem necessidade de empresas sustentáveis
"Temos de estabelecer novas regras de jogo para que as empresas possam pagar aos jornalistas aquilo que é preciso pagar", afirmou Rosa Cullell (na foto), presidente da Media Capital.
15 de Janeiro de 2017 às 23:29
Os presidentes da Impresa, da Global Media e da Media Capital defenderam hoje a necessidade de haver empresas de 'media' sustentáveis para haver jornalismo de qualidade em Portugal.
"É fundamental que exista independência editorial, mas para isso é preciso lutar pela independência empresarial", ou seja, as empresas gerarem lucros, afirmou Francisco Pinto Balsemão, presidente do Conselho de Administração da Impresa, dona do Expresso e da SIC.
Pinto Balsemão falava no debate "E Agora?", que juntou os representantes dos accionistas dos órgãos de comunicação social, da tutela e das organizações representativas do sector, e que marcou o encerramento do 4.º Congresso dos Jornalistas que teve lugar no cinema São Jorge, em Lisboa, sob o mote "Afirmar o Jornalismo".
O gestor acrescentou que só uma empresa que consiga ganhar dinheiro é que pode realizar despesas e investimentos e garantir a independência dos seus conteúdos.
No debate, que começou quase duas horas depois do previsto, Daniel Proença de Carvalho, presidente do Conselho de Administração da Global Media, dona do Diário de Notícias e TSF, entre outros títulos, fez um diagnóstico do sector, afectado pela crise económica e pela entrada de novos 'players' como a Google ou o Faceboook.
"Não tenhamos ilusões, só com empresas sólidas" é que possível ter jornalismo de qualidade e "isso implica que haja mais capital para as empresas", afirmou Proença de Carvalho, adiantando que além disso é preciso haver redução de custos, implicando também a "procura de novas receitas".
Para o presidente da Global Media, "o digital vai sobrepor-se a curto/médio prazo".
"Penso que temos de ser realistas, o que é fundamental é viabilizar as empresas para que todos possam usufruir", acrescentou, salientando que "sem dúvida o jornalismo só poderá ganhar com isso".
"É fundamental que dentro das empresas exista uma harmonia entre os vários parceiros que contribuem para o resultado final", já que "os accionistas que investem neste sector esperam retorno", acrescentou o presidente do Conselho de Administração da Global Media.
A presidente do Conselho de Administração da Media Capital (dona da TVI), Rosa Cullell, disse acreditar na independência dos jornalistas, mas alertou que o mundo está a mudar.
"É urgente ter um modelo de negócio para nossas empresas, que seja sustentável", afirmou.
"Acho que estamos a demorar demais na mudança. Os jornalistas têm de mudar, as empresas têm de mudar. Já começa a ser tarde", afirmou a gestora, que lembrou que enquanto administradora tem de conseguir ter "uma empresa com resultados capazes de investir".
Rosa Cullell salientou que os concorrentes dos 'media' não são o sector, mas empresas como a Google ou o Facebook, porque conseguem colocar publicidade a um preço mais baixo.
E aproveitando a presença do ministro da Cultura, que tutela o sector, no debate, afirmou: "Vamos precisar de uma regulação diferente, vamos precisar de olhar para os correntes de outra forma, a regulação não pode ser só para as televisões e jornais locais".
"Temos de estabelecer novas regras de jogo para que as empresas possam pagar aos jornalistas aquilo que é preciso pagar", acrescentou Rosa Cullell.
"É fundamental que exista independência editorial, mas para isso é preciso lutar pela independência empresarial", ou seja, as empresas gerarem lucros, afirmou Francisco Pinto Balsemão, presidente do Conselho de Administração da Impresa, dona do Expresso e da SIC.
O gestor acrescentou que só uma empresa que consiga ganhar dinheiro é que pode realizar despesas e investimentos e garantir a independência dos seus conteúdos.
No debate, que começou quase duas horas depois do previsto, Daniel Proença de Carvalho, presidente do Conselho de Administração da Global Media, dona do Diário de Notícias e TSF, entre outros títulos, fez um diagnóstico do sector, afectado pela crise económica e pela entrada de novos 'players' como a Google ou o Faceboook.
"Não tenhamos ilusões, só com empresas sólidas" é que possível ter jornalismo de qualidade e "isso implica que haja mais capital para as empresas", afirmou Proença de Carvalho, adiantando que além disso é preciso haver redução de custos, implicando também a "procura de novas receitas".
Para o presidente da Global Media, "o digital vai sobrepor-se a curto/médio prazo".
"Penso que temos de ser realistas, o que é fundamental é viabilizar as empresas para que todos possam usufruir", acrescentou, salientando que "sem dúvida o jornalismo só poderá ganhar com isso".
"É fundamental que dentro das empresas exista uma harmonia entre os vários parceiros que contribuem para o resultado final", já que "os accionistas que investem neste sector esperam retorno", acrescentou o presidente do Conselho de Administração da Global Media.
A presidente do Conselho de Administração da Media Capital (dona da TVI), Rosa Cullell, disse acreditar na independência dos jornalistas, mas alertou que o mundo está a mudar.
"É urgente ter um modelo de negócio para nossas empresas, que seja sustentável", afirmou.
"Acho que estamos a demorar demais na mudança. Os jornalistas têm de mudar, as empresas têm de mudar. Já começa a ser tarde", afirmou a gestora, que lembrou que enquanto administradora tem de conseguir ter "uma empresa com resultados capazes de investir".
Rosa Cullell salientou que os concorrentes dos 'media' não são o sector, mas empresas como a Google ou o Facebook, porque conseguem colocar publicidade a um preço mais baixo.
E aproveitando a presença do ministro da Cultura, que tutela o sector, no debate, afirmou: "Vamos precisar de uma regulação diferente, vamos precisar de olhar para os correntes de outra forma, a regulação não pode ser só para as televisões e jornais locais".
"Temos de estabelecer novas regras de jogo para que as empresas possam pagar aos jornalistas aquilo que é preciso pagar", acrescentou Rosa Cullell.