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Google lança tecnologia para filtrar comentários "tóxicos"

A tecnológica tem em curso uma nova ferramenta que vai permitir a jornais e revistas, entre outros, identificar conteúdos “tóxicos” em comentários. Por agora, só em inglês, mas há planos para atingir outras línguas.

2 - Google – Quando a fundaram, em 1998, Larry Page e Sergey Brin não imaginariam que a tecnológica viesse a valer 72,36 mil milhões.
REUTERS
23 de Fevereiro de 2017 às 13:58
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A Google prepara-se para lançar uma nova ferramenta que permite filtrar comentários "tóxicos". Chama-se Perspective, assenta num sistema de auto-aprendizagem do sistema e está já em fase de testes.

Os programadores terão acesso à tecnologia, ainda em estádio inicial, podendo aplicá-la, por exemplo, em sites de jornais ou revistas. O grande objectivo é "ajudar a identificar" comentários considerados "tóxicos".


"O nosso primeiro modelo foi desenvolvido para identificar linguagem tóxica mas ao longo do próximo ano iremos distribuir novos modelos que funcionam com outros idiomas além do inglês bem como modelos que permitam identificar comentários que sejam ataques pessoais ou fora do tópico de discussão", explica a tecnológica.


Até ao momento, o Perspective já analisou "dezenas de milhar" de comentários que foram marcados por revisores humanos. Foi levada a cabo uma versão de teste no The New York Times, com uma equipa que revê diariamente mais de 11 mil comentários. E a publicação só aceita comentários em cerca de 10% dos seus artigos.


Os órgãos de comunicação que adoptaram o Perspective podem escolher o que fazer com a informação obtida: assinalar os comentários para serem revistos, não inclui-los de imediato na página, entrar em contacto com o comentador para lhe dar conta do lado "tóxico" da suas palavras ou ordenar os comentários por "nível de toxicidade".


"O Perspective revê os comentários e classifica-os com base na sua semelhança com comentários que as pessoas consideraram ‘tóxicos’ ou que tenham levado alguém a abandonar a conversa", resume a Google.


A tecnológica aponta que 72% dos internautas nos Estados Unidos da América já testemunharam casos de assédio online. Metade já foi alvo dessa experiência. Um terço ignorou com receios de represálias.

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